Este fim-de-semana, visitando a livraria, comecei a pensar na idéia de Pound de que todo grande período de criação poética é precedido por um momento de intensa tradução. Se ele estiver correto, podemos predizer um século XXI frutífero para a poesia espanhola.
Comprei uma antologia bilíngüe do português Mário Cesariny, uma tradução para o castelhano do poeta israelense (nascido em Berlim, emigra para a Palestina com os pais durante o regime fascista) chamado Nathan Zach,
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiehsq5rIMUG5V-F0p6jUuGYbpvvd6Rc6tn8dlN6yLCsaZsegM6SgcRZEjlsGyTxO87zQGj3kAMVAZtALcEjx7D11v3AncDXPpv-Fw4qKbCZG8wbmFv7Yy2SY5pD2Jbmb-qIqWmlkTYmGdJ/s320/dadelsen.jpg)
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"La baleine, dit Jonas, c´est la guerre et son black-out.
(...)
La baleine est toujours plus loin, plus vaste; croyez-moi, on n´échappe guère, on échappe difficilement, à la baleine.
La baleine est nécessaire."
Jean-Paul de Dadelsen, "Jonas" (1956).
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Poetas brasileiros vistos nas estantes
de poesia da Livraria Central, em Barcelona:
Manuel Bandeira (antologia em castelhano)
Carlos Drummond de Andrade (Sentimento do Mundo & O Amor Natural, traduzidos para o castelhano)
Murilo Mendes (Tempo espanhol, traduzido para o castelhano)
Vinícius de Moraes (antologia, traduzida para o castelhano)
Mario Quintana (antologia em castelhano)
Manoel de Barros (Gramática Expositiva do Chão - a edição brasileira, além de uma antologia em castelhano)
João Cabral de Melo Neto (O cão sem plumas, traduzido para o castelhano, além de uma antologia também em castelhano.)
Haroldo de Campos (Crisantempo, traduzido para o castelhano)
Ferreira Gullar (Poema Sujo, traduzido para o castelhano)
Armando Freitas Filho (Raro mar & Numeral Nominal, traduzidos para o catalão)
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A performance foi boa, apesar de um ou outro "erro". Volto hoje a Berlim, saudades da cidade, mas preguiça do país de que é a capital (cada vez mais).
"A baleia é necessária."
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