(com Mohan Rana na Eslovênia)
Ao despedir-se de mim em Liubliana,
Mohan Rana
toma minha mão, diz: 'tudo se abranda'.
Nesse instante,
tudo que a língua híndi carrega em si,
Kabir, Valmiki,
Rahim e Vrind, cabem aqui em nossas
palmas unidas,
molusco protegido entre duas conchas.
Mais tarde, no aeroporto de Frankfurt
abro o seu livro
e Mohan canta só uma camisa usada,
"esta vida, possível!". Fecho os olhos
como o Gaṅgā
não se fecha, mareiam neles as dívidas,
somem brigas, e num aeroporto, lugar
tão-só trânsito,
uno palmas a poema e tudo se abranda.
§
Abaixo, posto imagens do poema de Mohan Rana a que me refiro, em tradução de Bernard O'Donoghue e Lucy Rosenstein, e no original híndi.
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