Texto em que o poeta dispara sua ulterior torrente de elogios,
neste que oxalá seja o último poema para O Moço
Cavalinho de desequilíbrio, geringonça desastrada,
espargidor no meu carpete dos cafés sucessivos,
peixe de lago constante, camundongo do mato,
coisa alta, ninfo palidíssimo para novos poetas
decadentes, filhote albino de tigre, loa de sertã,
guia da trilha ao descampado de meu bosque,
enguia-de-muco, alface-de-cão, dente-de-leão,
insistência heróica na busca dos sobreviventes
de mim, aquele que transporta o meu cale-se,
arquivista de minhas enumerações caóticas,
com esta minha cachoeirinha de atributos
ao teu tórax e cóccix, eu juro que juro
que esta é a última vez que te canto.
Ricardo Domeneck, 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário