sábado, 30 de agosto de 2008

Em Talim, Estônia

Estou na capital da Estônia, a bela bela cidade de Talim. Apresento-me hoje à noite como DJ (o que não separo do meu trabalho como poeta) num clube da cidade na costa do Mar Báltico, que até o início do século XX era chamada de Reval.

O estoniano é uma língua linda de ver e ouvir, cheia de vogais. Poesia é "luule" e canção é "laul" ou "luuletus". Um poeta é um luuletaja e poetisa é naisluuletaja. Cantor é laululind.

Gozo em informar que as prateleiras de poesia/luule da cidade dos lagos Ülemiste e Harku parecem tão cheias quanto as de São Paulo e Berlim. Antes de vir à Estônia, conhecia apenas o poeta Ilmar Laaban (talvez por ter emigrado para a Suécia e ter poemas em francês), sobre quem escrevi na Modo de Usar & Co., mostrando o seu poema sonoro "Ciel inamputable". Outros poetas estonianos: Juhan Liiv (1864 – 1913), Marie Under (1883 - 1980), Artur Alliksaar (1923 - 1966) e, entre os vivos, Jaan Kaplinski (n. 1941) e Paul-Eerik Rummo (n. 1942).



(Ilmar Laaban, "Ciel inamputable")



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