Cheguei ontem à noite de volta ao Berlimbo, após uma maratona por aeroportos brasileiros e europeus. Deixei a casa de meus pais às 7:30 da segunda-feira. Entrei em minha casa berlinense às 21:00 da quarta. Moído.
Mas fui recebido por lábios e pernas e braços amorosos (imaginem toda uma anatomia amorível, no entanto a lista seria longa e proibida para menores de 18 anos). A passagem pelo Brasil foi excelente, pena não ter podido ver os amigos em São Paulo e Rio como tinha pretendido.
Agora de volta, lanço-me no turbilhão das afinidades eletivas. Os amigos mantiveram-se ocupadíssimos. Alguns highlights do que ocorre nos próximos dias, e a chance de rever amigos:
Hoje à noite, quinta-feira, Planningtorock lança oficialmente seu vídeo para a faixa "Black Thumber" na galeria Dittrich & Schlechtriem. Pode-se ter uma ideia do vídeo neste arquivo abaixo, filmado por um fã em uma outra galeria.
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Mais tarde, Anika toca com Obi Blanche no clube Prince Charles. Eles vêm colaborando nos últimos meses, e já fizeram um excelente set no projeto Boiler Room (quero escrever sobre isso, tocando numa velha ideia minha sobre as conexões entre o trabalho do DJ e certas práticas poéticas), além de ter feito juntos uma ótima versão para "Fitter Happier" do Radiohead, abaixo com vídeo da querida poeta e videasta colega Doireann O´Malley.
Anika & Obi Blanche - "Fitter Happier", Radiohead cover
for the OK Computer Tribute on Musikexpress
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Amanhã, sexta-feira, o poeta americano Shane Anderson, residente em Berlim, lança seu livro de estreia no espaço O´Tannenbaum. Publiquei um poema excelente dele na Hilda Magazine, deem uma olhada. O livro está sendo lançado pela (ótima) editora berlinense Broken Dimanche Press, com posfácio de Daniela Seel e trabalhos visuais destacáveis de Eilis McDonald. Você pode encomendar o livro através da página da BDP, com envio postal gratuito.
Shane Anderson, Études des Gottnarrenmaschinen (Berlin: Broken Dimanche Press, 2012)
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E, por fim, meu caríssimo Marius Funk lançou ontem na Rede um mix que preparou a convite de um projeto artístico envolvendo a Facção do Exército Vermelho, o grupo alemão que causou traumas e transformações profundas no país entre a década de 60 e 80, e do qual fez parte um de meus fantasmas pessoais, a escritora Ulrike Meinhof. Outra coisa que me lembra da ideia sobre as conexões entre o DJ e o poeta contemporâneo.
Ainda dentro das afinidades eletivas berlinenses, mas ocorrendo em Nova Iorque, amanhã é também o lançamento do livro de Black Cracker, 40oz Elephant.
Black Cracker, 40oz Elephant (New York: Bowery Books, 2012)
Abaixo, você pode ler o blurb que escrevi para o livro, a pedido do poeta americano. Em setembro, lemos juntos no México.
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Um comentário:
Definitivamente curioso p/ ler mais sobre as conexões entre o DJ e o poeta contemporâneo. Um abraço!
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