Haverá
realmente
tempo
perdido?
Não
o dizemos somente
por
tempo passado?
Se
o que se investe
entrementes
não
passasse de gasto,
como
haveria
sempre
o risco
em
retomar sempre
esse
rastro?
II.
Haverá realmente
Tempo passado?
Não o dizemos somente
Por tempo perdido?
Se o rastro que falo
Está sempre às voltas,
O único risco
É ser intraduzido –
Às voltas sempre
De um ser-se tão vago.
III.
Parcas de si:
Entre os dedos
Da mão
O fio do
Vivido -
Barcas ao léu:
Mas se ata
Ao tronco
O fio do
Passado.
William Zeytounlian (São Paulo, 1988).
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