domingo, 13 de setembro de 2015
Obcecado com uma fotografia de Serguei Maksimishin
domingo, 12 de junho de 2011
Celebrando os heróis dos meus olhos: Édouard Boubat (1923 - 1999), fotógrafo
Eu não sei muita coisa sobre a vida de Édouard Boubat, conheço apenas suas fotos. Não há muita informação na Rede. A primeira menção a seu nome que eu ouvi em minha vida veio do grande mestre das citações Jean-Luc Godard, no filme Éloge de l´amour (2001), um dos filmes mais importantes da minha vida, no qual uma das personagens, um senhor de idade, ao tentar descrever uma moça por quem foi apaixonado na juventude, diz: "Ela era como aquela moça da fotografia de Boubat, na praia, vestida com uma blusa branca e sutiã preto."
Ninguém celebra aqueles que admira com tanta propriedade e respeito quanto Godard. O que se encontra na Rede sobre Boubat é que nasceu em 1923, no bairro de Montmartre, em Paris. Morreu em 1999, na mesma cidade. Estudou fotogravura na Escola Superior de Artes e Indústrias Gráficas (École Supérieure des Arts et Industries Graphiques - École Estienne), entre 1938 e 1942. Em 1947, ganhou o prêmio Kodak, do qual confesso desconhecer a importância. Foi repórter durante a Segunda Guerra. Dizem que, depois desta experiência, teria jurado nunca mais fotografar a destruição, apenas a celebração. Olhando para suas fotos, esta história, lenda ou não, faz todo sentido. Quis compartilhar estas celebrações.










quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Apropriação e paródia: cartaz de NOVEMBRO para a SHADE inc, a partir de um original de Larry Clark, com pequena conversa sobre a fotografia dos 70
Convite e cartaz de novembro para a SHADE inc, nosso evento semanal às quartas-feiras. Alguns não entenderam bem a ideia na última postagem que fiz a respeito, achando que estas paródias eram o projeto em si. O projeto é um evento, algo que ocorre todas as quartas-feiras, com DJs, e às vezes performances, concertos, instalações. Estes são os convites e cartazes, feitos pela apropriação, reencenação e paródia de imagens fotográficas conhecidas do século passado, da arte ou do fotojornalismo.
O cartaz deste mês foi concebido e produzido pelo coletivo SHADE (em ordem alfabética: Daniel Reuter, Niklas Goldbach, Oliver A. Krüger, Ricardo Domeneck e Viktor Neumann), e fotografado por Niklas Goldbach, a partir de uma foto original do norte-americano Larry Clark, nascido em Tulsa, Oklahoma em 1943. No Brasil, creio que o americano é mais conhecido como cineasta, especialmente por seu filme Kids (1995), que se tornou notório ao lidar com o problema da AIDS entre adolescentes, em um estilo documental que se tornaria comum na década seguinte, esta que agora se encerra.
No entanto, desde a década de 70, Larry Clark já documentava como fotógrafo a juventude abandonada pelo sonho americano. Em 1971, ele estreia com a publicação do livro Tulsa, fotografado entre amigos e conhecidos da sua cidade natal.
Com esta publicação, podemos unir Clark a outros fotógrafos da década de 70, que também encontrariam entre seus amigos nos subterrâneos das cidades uma vida marginal, escorrendo paralela à das revistas e colunas sociais. É o caso da também americana Nan Goldin (n. 1953), do japonês Nobuyoshi Araki (n. 1940), e do suíço Walter Pfeiffer (n. 1946).
É claro que eles não inventaram a fotografia sociodocumental entre os indivíduos excluídos do jogo político e social de suas comunidades, já que encontramos algo disso desde o alemão August Sander (1876 - 1964), passando pelas americanas Lisette Model (nascida na Áustria, 1901 – 1983) e Diane Arbus (1923 - 1971), mas até então o fotógrafo parecia manter-se fora do jogo; ele documentava, mas sem qualquer envolvimento emocional com seus retratados. A maneira como estes fotógrafos da década de 70 (Clark, Goldin, Araki, Pfeiffer, entre outros) pareciam estar envolvidos e pertencer aos retratados, assim como seu abandono de qualquer pudor ante o jogo sexualizado no qual a lente de suas câmeras faz-se mais uma camada da epiderme, seriam centrais para sua influência sobre fotógrafos do fim da década de 70 e através da década de 80, dos quais Robert Mapplethorpe (1946 – 1989) e Mark Morrisroe (1959 - 1989) poderiam ser discutidos como exemplares. É essa genealogia também que nos leva a compreender melhor o trabalho de fotógrafos dos últimos 20 anos, como Wolfgang Tillmans, Collier Schorr, e Heinz Peter Knes, ou, nos últimos poucos anos, Brett Lloyd e Adelaide Ivánova.
Algum dia quero escrever sobre essa relação de envolvimento emocional com os retratados, este pertencimento, para discutir na verdade o trabalho de um fotógrafo que seguiu uma linha que tanto tangencia como elide esta narrativa: o brasileiro Alair Gomes (1921 - 1992), com sua prática de fotógrafo-voyeur. A um operário visual como eu, fazendo meus pequeninos e desimportantes videorretratos de moços e moças aqui em Berlim, esta discussão interessa.
Abaixo, o original de Larry Clark do qual nos apropriamos, reencenamos e, de certa forma, parodiamos em gender guerrilla.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Amigos fotógrafos e suas publicações recentes: Terceira postagem: a série "Fashion victim", de Adelaide Ivánova.

Esse ano, Ivánova veio à Alemanha e viveu alguns meses em Berlim, onde reatamos nossa amizade. Bebemos, suamos ao sol, dançamos até cair, e colaboramos em uma peça, sua instalação "100 Men", projeção sobre lençol que ela apresentou no evento que coorganizo às quartas-feiras, e para a qual preparei uma peça sonora cafona, irritante e divertidíssima. Juntos, almodovaricamos muito em Berlim.
Adelaide Ivánova postou na semana passada um novo slideshow com sua série "Fashion Victim" (2005 - 2008). Mostro-a a vocês aqui. Se Adelaide estivesse aqui, eu diria a ela "Ô mulher, ficou muito legal o slideshow, você sabe como gosto desta ironia que se emaranha entre a invectiva e a self-deprecation, de quem anda na corda bamba, sem saber onde termina a resistência e onde começa o colaboracionismo, aturando aqueles chatos que se julgam muito puros e fora do sistema e não sabem o risco que nós corremos como agentes duplos." É o que eu diria a Adelaide Ivánova se ela estivesse aqui, sobre seu sarcasmo com as It Girls, só por tantas delas serem tão descerebradas.
"Fashion Victim", a série. Adelaide Ivánova "veste" e "usa" Prada, Louis Vuitton, Lenny, Neon, Daslu e, em suas próprias palavras, "todas as vacas desocupadas que costumava fotografar."
adelaide ivánova's_the fashion victim series from adelaide ivánova on Vimeo.
Tenho alguns originais dela na minha minúscula coleção, e ela, obviamente, também figura na Hilda Magazine.
.
.
.
domingo, 24 de outubro de 2010
Amigos fotógrafos e suas publicações recentes: Segunda postagem: "Die Schwulennummer: Das Plakat", de Heinz Peter Knes.

Nossa mais recente colaboração ::::: um díptico fotográfico seu que retrata o túmulo do cineasta Friedrich Wilhelm Murnau (1888 - 1931), com poema meu em inglês ::::::: será publicada no mês que vem pelo projeto eletrônico This Long Century.
Informações práticas: Heinz Peter Knes nasceu em 1969, em Gemünden am Main, sul da Alemanha. Após uma passagem por Colônia, o fotógrafo vive desde o início da década em Berlim, de onde já fotografou para revistas como Purple, Butt, i-D, Nylon, 032c, Dutch, Doingbird, e Camera Austria, entre outras. Heinz Peter já me retratou em vários momentos, e uma foto minha acaba aparecendo em sua mais recente publicação: a edição limitada de 1000 exemplares de um cartaz gigante :::: (140 x 200cm) :::: com sua série "Die Schwulennummer", algo como "O Número Viado". Aqui, na ironia típica de Heinz Peter, "número" é usado tanto no sentido matemático, também de "edição", e sub-repticiamente como em "cada uma das partes executadas (de dança, música, etc.) de um espetáculo de variedades", algo circense, aludindo a certa teatralidade que ele critica na cena homossexual. Em sua página pessoal, há um diálogo entre mim e Heinz Peter sobre a noção de gênero, identidade, queerness, e outros gudes, mas apenas em alemão. A série tem 32 fotos.
Apresentei já há dois anos alguns trabalhos de Heinz Peter Knes na Hilda Magazine.
Abaixo, detalhe da apresentação do cartaz no lançamento que organizei para meu querido Heinz Peter Knes em nosso evento semanal às quartas-feiras. Já tenho o meu exemplar, que também guardei com as outras originais assinadas deste que é meu grande amigo e um dos melhores fotógrafos alemães em atividade.

.
.
.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
"Ricardo como Mendieta", retrato de Adelaide Ivánova, Berlim, 2010.

Adelaide, conjuguemos
o novo verbo
"mitologizar",
obviamente reflexivo.
Destarte:
Eu mitologizo-me.
Tu mitologizas-te.
Ela mitologiza-se.
Nós mitologizamo-nos.
Vós mitologizai-vos.
Eles mitologizam-se.
.
.
.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Celebrando os heróis dos meus olhos: Thomas Eakins (1844-1916), pintor e fotógrafo
Thomas Eakins nasceu em Philadelphia, nos Estados Unidos, em 1844. Hoje é considerado um dos mais importantes artistas visuais americanos no século XIX e início do XX, mas sua trajetória foi cheia de percalços e obstáculos. Acabou tendo, no entanto, grande influência, tanto como pintor e fotógrafo, quanto como educador, ensinando na Academia de Belas Artes de Philadelphia, onde foi um dos primeiros a estimular os alunos a usarem a fotografia para suas pesquisas pictóricas.
Após conhecer o fotógrafo inglês Eadweard Muybridge, passa a incluir a fotografia entre suas práticas, não apenas para os estudos de seus quadros, como para criar a mais importante obra fotográfica norte-americana do século XIX, pioneira e precursora de pesquisas em fotografia que apenas o realismo da década de 70 tornaria hegemônicas.
A sociedade puritana de sua época viria a se escandalizar e gerar uma rede de fofocas e intrigas sobre o pintor e fotógrafo. Muitos de seus hábitos eram polêmicos, especialmente sua insistência em ensinar homens e mulheres nas mesmas classes e da mesma maneira, durante sua passagem pela Academia de Belas Artes. Além disso, os boatos sobre sua vida sexual, a companhia constante de homens jovens, sua fotografia de nus masculinos, dariam gás aos escândalos de sociedade da Nova Inglaterra, que espalhava por Philadelphia as histórias de sodomia e bestialidade que se alegava fazer parte da vida diária de Thomas Eakins.
Seria demitido da escola ao descobrir a genitália um jovem que servia de modelo durante uma aula onde estavam presentes mulheres, alunas. Era permitido apenas que as modelos do sexo feminino estivessem completamente nuas, não os modelos do sexo masculino na presença de mulheres. Muitos alunos e alunas viriam a abandonar a Academia e fundar sua própria escola, para seguir estudando com Eakins.
Grande parte de seu trabalho pictórico foi baseado em estudos fotográficos. Como isso foi por muito tempo visto com preconceito, seus estudiosos (e sua esposa) tentaram negar que houvesse fotografias a preceder os quadros. Hoje, quando a fotografia passou a ocupar uma função principal na arte contemporânea, muito destes preconceitos foi superado e seus estudos em fotografia passaram a ser valorizados.
Não estou tentando escrever uma hagiografia. Deixo isso para os que acharam que fosse necessário santificar o homem e sua reputação para salvaguardar sua obra. Sua obra permanece, tenha sido ele o homem honesto dos falsos elogios, ou o beberrão sodomita das falsas diatribes.
Além do mais, creio que eu também teria arriscado minha reputação por um rapaz tão bonito como Samuel Murray (1869 - 1941), seu protégé, e companheiro até o fim da vida.
Várias de suas pinturas são consideradas obras primas do realismo norte-americano. Duas delas têm também grande importância para a História da Medicina: as pinturas The Gross Clinic (1875) e The Agnew Clinic (1889)
Minha pintura favorita de Thomas Eakins é outra de suas obras-primas, a bela The Swimming Hole, de 1885. Eakins, que conhecera pessoalmente o poeta Walt Whitman (de quem pintou o retrato), teria se inspirado para o quadro tanto em suas tardes nos lagos ao redor de Philadelphia, com seus alunos, como no poema "Song of myself", de Whitman, no trecho:
Twenty-eight young men bathe by the shore,
Twenty-eight young men and all so friendly;
Twenty-eight years of womanly life and all so lonesome.
She owns the fine house by the rise of the bank,
She hides handsome and richly drest aft the blinds of the window.
Which of the young men does she like the best?
Ah the homeliest of them is beautiful to her.
Where are you off to, lady? for I see you,
You splash in the water there, yet stay stock still in your room.
Dancing and laughing along the beach came the twenty-ninth bather,
The rest did not see her, but she saw them and loved them.
The beards of the young men glisten’d with wet, it ran from their long hair,
Little streams pass’d all over their bodies.
An unseen hand also pass’d over their bodies,
It descended tremblingly from their temples and ribs.
The young men float on their backs, their white bellies bulge to the sun,
they do not ask who seizes fast to them,
They do not know who puffs and declines with pendant and bending arch,
They do not think whom they souse with spray.
–Walt Whitman, "Song of Myself", Leaves of Grass (1855)
Aqui, Eakins faz-se precursor de pintores como o americano Charles Demuth (1883 - 1935) e o britânico David Hockney (n. 1937), autores de belos trabalhos com a mesma delicadeza homoerótica.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Amigos em revistas: Brett Lloyd - Dazed and Confused (UK)



§
Mais ou menos de mim
Projetos Paralelos
Leituras de companheiros
- Adelaide Ivánova
- Adriana Lisboa
- Alejandro Albarrán
- Alexandra Lucas Coelho
- Amalia Gieschen
- Amina Arraf (Gay Girl in Damascus)
- Ana Porrúa
- Analogue Magazine
- André Costa
- André Simões (traduções de poetas árabes)
- Angaangaq Angakkorsuaq
- Angélica Freitas
- Ann Cotten
- Anna Hjalmarsson
- Antoine Wauters
- António Gregório (Café Centralíssimo)
- Antônio Xerxenesky
- Aníbal Cristobo
- Arkitip Magazine
- Art In America Magazine
- Baga Defente
- Boris Crack
- Breno Rotatori
- Brian Kenny (blog)
- Brian Kenny (website)
- Bruno Brum
- Bruno de Abreu
- Caco Ishak
- Carlito Azevedo
- Carlos Andrea
- Cecilia Cavalieri
- Cory Arcangel
- Craig Brown (Common Dreams)
- Cristian De Nápoli
- Cultura e barbárie
- Cus de Judas (Nuno Monteiro)
- Damien Spleeters
- Daniel Saldaña París
- Daniel von Schubhausen
- Dennis Cooper
- Dimitri Rebello
- Dirceu Villa
- Djoh Wakabara
- Dorothee Lang
- Douglas Diegues
- Douglas Messerli
- Dummy Magazine
- Eduard Escoffet
- Erico Nogueira
- Eugen Braeunig
- Ezequiel Zaidenwerg
- Fabiano Calixto
- Felipe Gutierrez
- Florian Puehs
- Flávia Cera
- Franklin Alves Dassie
- Freunde von Freunden
- Gabriel Pardal
- Girl Friday
- Gláucia Machado
- Gorilla vs. Bear
- Guilherme Semionato
- Heinz Peter Knes
- Hilda Magazine
- Homopunk
- Hugo Albuquerque
- Hugo Milhanas Machado
- Héctor Hernández Montecinos
- Idelber Avelar
- Isabel Löfgren
- Ismar Tirelli Neto
- Jan Wanggaard
- Jana Rosa
- Janaina Tschäpe
- Janine Rostron aka Planningtorock
- Jay Bernard
- Jeremy Kost
- Jerome Rothenberg
- Jill Magi
- Joca Reiners Terron
- John Perreault
- Jonas Lieder
- Jonathan William Anderson
- Joseph Ashworth
- Joseph Massey
- José Geraldo (Paranax)
- João Filho
- Juliana Amato
- Juliana Bratfisch
- Juliana Krapp
- Julián Axat
- Jörg Piringer
- K. Silem Mohammad
- Katja Hentschel
- Kenneth Goldsmith
- Kátia Borges
- Leila Peacock
- Lenka Clayton
- Leo Gonçalves
- Leonardo Martinelli
- Lucía Bianco
- Luiz Coelho
- Lúcia Delorme
- Made in Brazil
- Maicknuclear de los Santos Angeles
- Mairéad Byrne
- Marcelo Krasilcic
- Marcelo Noah
- Marcelo Sahea
- Marcos Tamamati
- Marcus Fabiano Gonçalves
- Mariana Botelho
- Marius Funk
- Marjorie Perloff
- Marley Kate
- Marília Garcia
- Matt Coupe
- Miguel Angel Petrecca
- Monika Rinck
- Mário Sagayama
- Más Poesía Menos Policía
- N + 1 Magazine
- New Wave Vomit
- Niklas Goldbach
- Nikolai Szymanski
- Nora Fortunato
- Nora Gomringer
- Odile Kennel
- Ofir Feldman
- Oliver Krueger
- Ondas Literárias - Andréa Catrópa
- Pablo Gonçalo
- Pablo León de la Barra
- Paper Cities
- Patrícia Lino
- Paul Legault
- Paula Ilabaca
- Paulo Raviere
- Pitchfork Media
- Platform Magazine
- Priscila Lopes
- Priscila Manhães
- Pádua Fernandes
- Rafael Mantovani
- Raymond Federman
- Reuben da Cunha Rocha
- Ricardo Aleixo
- Ricardo Silveira
- Rodrigo Damasceno
- Rodrigo Pinheiro
- Ron Silliman
- Ronaldo Bressane
- Ronaldo Robson
- Roxana Crisólogo
- Rui Manuel Amaral
- Ryan Kwanten
- Sandra Santana
- Sandro Ornellas
- Sascha Ring aka Apparat
- Sergio Ernesto Rios
- Sil (Exausta)
- Slava Mogutin
- Steve Roggenbuck
- Sylvia Beirute
- Synthetic Aesthetics
- Tazio Zambi
- Tetine
- The L Magazine
- The New York Review of Books
- Thiago Cestari
- This Long Century
- Thurston Moore
- Timo Berger
- Tom Beckett
- Tom Sutpen (If Charlie Parker Was a Gunslinger, There'd Be a Whole Lot of Dead Copycats)
- Trabalhar Cansa - Blogue de Poesia
- Tracie Morris
- Tô gato?
- Uma Música Por Dia (Guilherme Semionato)
- Urbano Erbiste
- Victor Heringer
- Victor Oliveira Mateus
- Walter Gam
- We Live Young, by Nirrimi Hakanson
- Whisper
- Wir Caetano
- Wladimir Cazé
- Yang Shaobin
- Yanko González
- You Are An Object
- Zane Lowe