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domingo, 13 de setembro de 2015

Obcecado com uma fotografia de Serguei Maksimishin

Desde que vi esta fotografia do russo Serguei Maksimishin, nascido em 1964, em sua exposição solo no Festival Artes Vertentes deste ano, estou obcecado com ela. Não me sai da cabeça.


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domingo, 12 de junho de 2011

Celebrando os heróis dos meus olhos: Édouard Boubat (1923 - 1999), fotógrafo

Édouard Boubat - "Autorretrato com Lella" (1951), sua musa.


Eu não sei muita coisa sobre a vida de Édouard Boubat, conheço apenas suas fotos. Não há muita informação na Rede. A primeira menção a seu nome que eu ouvi em minha vida veio do grande mestre das citações Jean-Luc Godard, no filme Éloge de l´amour (2001), um dos filmes mais importantes da minha vida, no qual uma das personagens, um senhor de idade, ao tentar descrever uma moça por quem foi apaixonado na juventude, diz: "Ela era como aquela moça da fotografia de Boubat, na praia, vestida com uma blusa branca e sutiã preto."


Édouard Boubat - "Lella, Bretanha" (1947)


Ninguém celebra aqueles que admira com tanta propriedade e respeito quanto Godard. O que se encontra na Rede sobre Boubat é que nasceu em 1923, no bairro de Montmartre, em Paris. Morreu em 1999, na mesma cidade. Estudou fotogravura na Escola Superior de Artes e Indústrias Gráficas (École Supérieure des Arts et Industries Graphiques - École Estienne), entre 1938 e 1942. Em 1947, ganhou o prêmio Kodak, do qual confesso desconhecer a importância. Foi repórter durante a Segunda Guerra. Dizem que, depois desta experiência, teria jurado nunca mais fotografar a destruição, apenas a celebração. Olhando para suas fotos, esta história, lenda ou não, faz todo sentido. Quis compartilhar estas celebrações.


(clique nas imagens para aumentá-las)










quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Apropriação e paródia: cartaz de NOVEMBRO para a SHADE inc, a partir de um original de Larry Clark, com pequena conversa sobre a fotografia dos 70

Convite de novembro para os eventos semanais da nossa SHADE inc

Convite e cartaz de novembro para a SHADE inc, nosso evento semanal às quartas-feiras. Alguns não entenderam bem a ideia na última postagem que fiz a respeito, achando que estas paródias eram o projeto em si. O projeto é um evento, algo que ocorre todas as quartas-feiras, com DJs, e às vezes performances, concertos, instalações. Estes são os convites e cartazes, feitos pela apropriação, reencenação e paródia de imagens fotográficas conhecidas do século passado, da arte ou do fotojornalismo.

O cartaz deste mês foi concebido e produzido pelo coletivo SHADE (em ordem alfabética: Daniel Reuter, Niklas Goldbach, Oliver A. Krüger, Ricardo Domeneck e Viktor Neumann), e fotografado por Niklas Goldbach, a partir de uma foto original do norte-americano Larry Clark, nascido em Tulsa, Oklahoma em 1943. No Brasil, creio que o americano é mais conhecido como cineasta, especialmente por seu filme Kids (1995), que se tornou notório ao lidar com o problema da AIDS entre adolescentes, em um estilo documental que se tornaria comum na década seguinte, esta que agora se encerra.



No entanto, desde a década de 70, Larry Clark já documentava como fotógrafo a juventude abandonada pelo sonho americano. Em 1971, ele estreia com a publicação do livro Tulsa, fotografado entre amigos e conhecidos da sua cidade natal.


Larry Clark, fotografia do livro Tulsa (1971)


Com esta publicação, podemos unir Clark a outros fotógrafos da década de 70, que também encontrariam entre seus amigos nos subterrâneos das cidades uma vida marginal, escorrendo paralela à das revistas e colunas sociais. É o caso da também americana Nan Goldin (n. 1953), do japonês Nobuyoshi Araki (n. 1940), e do suíço Walter Pfeiffer (n. 1946).


É claro que eles não inventaram a fotografia sociodocumental entre os indivíduos excluídos do jogo político e social de suas comunidades, já que encontramos algo disso desde o alemão August Sander (1876 - 1964), passando pelas americanas Lisette Model (nascida na Áustria, 1901 – 1983) e Diane Arbus (1923 - 1971), mas até então o fotógrafo parecia manter-se fora do jogo; ele documentava, mas sem qualquer envolvimento emocional com seus retratados. A maneira como estes fotógrafos da década de 70 (Clark, Goldin, Araki, Pfeiffer, entre outros) pareciam estar envolvidos e pertencer aos retratados, assim como seu abandono de qualquer pudor ante o jogo sexualizado no qual a lente de suas câmeras faz-se mais uma camada da epiderme, seriam centrais para sua influência sobre fotógrafos do fim da década de 70 e através da década de 80, dos quais Robert Mapplethorpe (1946 – 1989) e Mark Morrisroe (1959 - 1989) poderiam ser discutidos como exemplares. É essa genealogia também que nos leva a compreender melhor o trabalho de fotógrafos dos últimos 20 anos, como Wolfgang Tillmans, Collier Schorr, e Heinz Peter Knes, ou, nos últimos poucos anos, Brett Lloyd e Adelaide Ivánova.

Algum dia quero escrever sobre essa relação de envolvimento emocional com os retratados, este pertencimento, para discutir na verdade o trabalho de um fotógrafo que seguiu uma linha que tanto tangencia como elide esta narrativa: o brasileiro Alair Gomes (1921 - 1992), com sua prática de fotógrafo-voyeur. A um operário visual como eu, fazendo meus pequeninos e desimportantes videorretratos de moços e moças aqui em Berlim, esta discussão interessa.

Abaixo, o original de Larry Clark do qual nos apropriamos, reencenamos e, de certa forma, parodiamos em gender guerrilla.


Larry Clark, do livro The Perfect Childhood (1993)

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Amigos fotógrafos e suas publicações recentes: Terceira postagem: a série "Fashion victim", de Adelaide Ivánova.

Conheci Adelaide Ivánova em 2003. O ano é meio lendário para os dois: Ivánova chegava a São Paulo, eu vivia meu ano de interstício estressante entre São Paulo e Berlim por problemas de visto. Dividimos teto n`O Sobrado, a casa na Vila Madalena que "mitologizamos", onde nos primeiros anos desta década que ora se encerra refugiaram-se, em pindaíba financeira e amorosa, em rodízio de divisão dos 4 quartos, jovens poetas, atores, cineastas, antropólogos em meio a teses de doutorado, e outras criaturas estranhíssimas. Fui um dos membros fundadores, morando ali por 8 meses em 2001, e depois por mais 10 meses em 2003. Ali escrevi muitos poemas do meu primeiro livro, Carta aos anfíbios (2005), quase todos os da segunda parte, por exemplo. Nessa segunda passagem, a sra. Adelaide Ivánova chegou de Recife e também se instalou n`O Sobrado. Ali organizei sua primeira exposição de fotos. Ela tinha 20 anos, eu tinha 25. Ali jorrava uma fonte de secreções corporais, álcool e outras invitations to Mr. Hyde, como gosto de dizer. Ali tivemos brigas, que podiam tanto girar em torno de pratos sujos como gritos de "desliga essa merda de som, não aguento mais ouvir Los Hermanos!". Deixo com vocês adivinhar quem gritava para quem esta última.

Esse ano, Ivánova veio à Alemanha e viveu alguns meses em Berlim, onde reatamos nossa amizade. Bebemos, suamos ao sol, dançamos até cair, e colaboramos em uma peça, sua instalação "100 Men", projeção sobre lençol que ela apresentou no evento que coorganizo às quartas-feiras, e para a qual preparei uma peça sonora cafona, irritante e divertidíssima. Juntos, almodovaricamos muito em Berlim.

Adelaide Ivánova postou na semana passada um novo slideshow com sua série "Fashion Victim" (2005 - 2008). Mostro-a a vocês aqui. Se Adelaide estivesse aqui, eu diria a ela "Ô mulher, ficou muito legal o slideshow, você sabe como gosto desta ironia que se emaranha entre a invectiva e a self-deprecation, de quem anda na corda bamba, sem saber onde termina a resistência e onde começa o colaboracionismo, aturando aqueles chatos que se julgam muito puros e fora do sistema e não sabem o risco que nós corremos como agentes duplos." É o que eu diria a Adelaide Ivánova se ela estivesse aqui, sobre seu sarcasmo com as It Girls, só por tantas delas serem tão descerebradas.

"Fashion Victim", a série. Adelaide Ivánova "veste" e "usa" Prada, Louis Vuitton, Lenny, Neon, Daslu e, em suas próprias palavras, "todas as vacas desocupadas que costumava fotografar."


adelaide ivánova's_the fashion victim series from adelaide ivánova on Vimeo.




Tenho alguns originais dela na minha minúscula coleção, e ela, obviamente, também figura na Hilda Magazine.

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domingo, 24 de outubro de 2010

Amigos fotógrafos e suas publicações recentes: Segunda postagem: "Die Schwulennummer: Das Plakat", de Heinz Peter Knes.

Conheci Heinz Peter em 2004, no lendário clube Black Girls Coalition, que infelizmente já não mais existe, ficando apenas na memória de uma Berlim caótica, criativa e livre no período pós-Muro imediato, que aos poucos vai também deixando de existir para se transformar cada vez mais na capital da Alemanha. Somos hoje muito amigos e discutimos muito sobre o nosso trabalho, confio demais em sua sabedoria. Já colaboramos de várias maneiras, mas as mais notáveis foram seu pequeno livro Corps (2009), publicado na França como separata da revista Double, para o qual escrevi um dos meus poemas favoritos, em inglês e português, o texto "Corpo". Discuti esse trabalho e o texto em um artigo do ano passado.

Nossa mais recente colaboração ::::: um díptico fotográfico seu que retrata o túmulo do cineasta Friedrich Wilhelm Murnau (1888 - 1931), com poema meu em inglês ::::::: será publicada no mês que vem pelo projeto eletrônico This Long Century.

Informações práticas: Heinz Peter Knes nasceu em 1969, em Gemünden am Main, sul da Alemanha. Após uma passagem por Colônia, o fotógrafo vive desde o início da década em Berlim, de onde já fotografou para revistas como Purple, Butt, i-D, Nylon, 032c, Dutch, Doingbird, e Camera Austria, entre outras. Heinz Peter já me retratou em vários momentos, e uma foto minha acaba aparecendo em sua mais recente publicação: a edição limitada de 1000 exemplares de um cartaz gigante :::: (140 x 200cm) :::: com sua série "Die Schwulennummer", algo como "O Número Viado". Aqui, na ironia típica de Heinz Peter, "número" é usado tanto no sentido matemático, também de "edição", e sub-repticiamente como em "cada uma das partes executadas (de dança, música, etc.) de um espetáculo de variedades", algo circense, aludindo a certa teatralidade que ele critica na cena homossexual. Em sua página pessoal, há um diálogo entre mim e Heinz Peter sobre a noção de gênero, identidade, queerness, e outros gudes, mas apenas em alemão. A série tem 32 fotos.


(Heinz Peter Knes, "Die Schwulennummer")



Apresentei já há dois anos alguns trabalhos de Heinz Peter Knes na Hilda Magazine.

Abaixo, detalhe da apresentação do cartaz no lançamento que organizei para meu querido Heinz Peter Knes em nosso evento semanal às quartas-feiras. Já tenho o meu exemplar, que também guardei com as outras originais assinadas deste que é meu grande amigo e um dos melhores fotógrafos alemães em atividade.




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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"Ricardo como Mendieta", retrato de Adelaide Ivánova, Berlim, 2010.

"Ricardo como Mendieta", retrato de Adelaide Ivánova, Berlim, 2010.

Adelaide, conjuguemos
o novo verbo
"mitologizar",
obviamente reflexivo.
Destarte:
Eu mitologizo-me.
Tu mitologizas-te.
Ela mitologiza-se.
Nós mitologizamo-nos.
Vós mitologizai-vos.
Eles mitologizam-se.

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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Celebrando os heróis dos meus olhos: Thomas Eakins (1844-1916), pintor e fotógrafo

Thomas Eakins


Thomas Eakins nasceu em Philadelphia, nos Estados Unidos, em 1844. Hoje é considerado um dos mais importantes artistas visuais americanos no século XIX e início do XX, mas sua trajetória foi cheia de percalços e obstáculos. Acabou tendo, no entanto, grande influência, tanto como pintor e fotógrafo, quanto como educador, ensinando na Academia de Belas Artes de Philadelphia, onde foi um dos primeiros a estimular os alunos a usarem a fotografia para suas pesquisas pictóricas.

Thomas Eakins, Study in the human motion


Estudo fotográfico de Thomas Eakins


Após conhecer o fotógrafo inglês Eadweard Muybridge, passa a incluir a fotografia entre suas práticas, não apenas para os estudos de seus quadros, como para criar a mais importante obra fotográfica norte-americana do século XIX, pioneira e precursora de pesquisas em fotografia que apenas o realismo da década de 70 tornaria hegemônicas.

Thomas Eakins, With Lawrence at the shore


Thomas Eakins, Swimming



Thomas Eakins, Nude study



A sociedade puritana de sua época viria a se escandalizar e gerar uma rede de fofocas e intrigas sobre o pintor e fotógrafo. Muitos de seus hábitos eram polêmicos, especialmente sua insistência em ensinar homens e mulheres nas mesmas classes e da mesma maneira, durante sua passagem pela Academia de Belas Artes. Além disso, os boatos sobre sua vida sexual, a companhia constante de homens jovens, sua fotografia de nus masculinos, dariam gás aos escândalos de sociedade da Nova Inglaterra, que espalhava por Philadelphia as histórias de sodomia e bestialidade que se alegava fazer parte da vida diária de Thomas Eakins.


Trabalho fotográfico de Thomas Eakins



Seria demitido da escola ao descobrir a genitália um jovem que servia de modelo durante uma aula onde estavam presentes mulheres, alunas. Era permitido apenas que as modelos do sexo feminino estivessem completamente nuas, não os modelos do sexo masculino na presença de mulheres. Muitos alunos e alunas viriam a abandonar a Academia e fundar sua própria escola, para seguir estudando com Eakins.

Grande parte de seu trabalho pictórico foi baseado em estudos fotográficos. Como isso foi por muito tempo visto com preconceito, seus estudiosos (e sua esposa) tentaram negar que houvesse fotografias a preceder os quadros. Hoje, quando a fotografia passou a ocupar uma função principal na arte contemporânea, muito destes preconceitos foi superado e seus estudos em fotografia passaram a ser valorizados.

Thomas Eakins, The wrestlers, 1899


Thomas Eakins, Study for "The wrestlers", 1899

Não estou tentando escrever uma hagiografia. Deixo isso para os que acharam que fosse necessário santificar o homem e sua reputação para salvaguardar sua obra. Sua obra permanece, tenha sido ele o homem honesto dos falsos elogios, ou o beberrão sodomita das falsas diatribes.
Além do mais, creio que eu também teria arriscado minha reputação por um rapaz tão bonito como Samuel Murray (1869 - 1941), seu protégé, e companheiro até o fim da vida.

Samuel Murray, em retrato feito por Thomas Eakins



Thomas Eakins, Portrait of Samuel Murray, 1889


Samuel Murray, em retrato de Thomas Eakins


Várias de suas pinturas são consideradas obras primas do realismo norte-americano. Duas delas têm também grande importância para a História da Medicina: as pinturas The Gross Clinic (1875) e The Agnew Clinic (1889)


Thomas Eakins, The Gross Clinic (1875)


Thomas Eakins, The Agnew Clinic (1889)


Minha pintura favorita de Thomas Eakins é outra de suas obras-primas, a bela The Swimming Hole, de 1885. Eakins, que conhecera pessoalmente o poeta Walt Whitman (de quem pintou o retrato), teria se inspirado para o quadro tanto em suas tardes nos lagos ao redor de Philadelphia, com seus alunos, como no poema "Song of myself", de Whitman, no trecho:

Twenty-eight young men bathe by the shore,
Twenty-eight young men and all so friendly;
Twenty-eight years of womanly life and all so lonesome.

She owns the fine house by the rise of the bank,
She hides handsome and richly drest aft the blinds of the window.
Which of the young men does she like the best?
Ah the homeliest of them is beautiful to her.


Where are you off to, lady? for I see you,
You splash in the water there, yet stay stock still in your room.
Dancing and laughing along the beach came the twenty-ninth bather,
The rest did not see her, but she saw them and loved them.


The beards of the young men glisten’d with wet, it ran from their long hair,
Little streams pass’d all over their bodies.
An unseen hand also pass’d over their bodies,
It descended tremblingly from their temples and ribs.


The young men float on their backs, their white bellies bulge to the sun,
they do not ask who seizes fast to them,
They do not know who puffs and declines with pendant and bending arch,
They do not think whom they souse with spray.

–Walt Whitman, "Song of Myself", Leaves of Grass (1855)



Thomas Eakins, The Swimming Hole, 1885

Aqui, Eakins faz-se precursor de pintores como o americano Charles Demuth (1883 - 1935) e o britânico David Hockney (n. 1937), autores de belos trabalhos com a mesma delicadeza homoerótica.

Charles Demuth, Three sailors, 1917


David Hockney, Peter Getting Out Of Nick's Pool, 1966


OUTRAS PINTURAS DE THOMAS EAKINS



Portrait of Walt Whitman, 1888




The Biglin Brothers turning the stake, 1873




Thomas Eakins, Taking the count, 1898




Salutat, 1898



Portrait of Douglas Morgan Hall, 1899



Clara, 1900

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Imagem para as 4:48



(Gregory Crewdson, "Untitled (Twin Babies)", 2007)

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Amigos em revistas: Brett Lloyd - Dazed and Confused (UK)

BRETT LLOYD fotografa Josh Beech e Ash Stymest para a Dazed and Confused.



(Brett Lloyd, "Josh Beech and Ash Stymest for Dazed and Confused", styling by Nichola Formichetti, 2008)


§

No meu próximo livro, chamado Sons: Arranjo: Garganta, a sair pela coleção de poesia contemporânea Ás de Colete da Cosac Naify em breve, o retrato da capa foi feito também por Brett Lloyd.

(Brett Lloyd, "Ricardo", 2007)

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