Escrevi os poemas do meu primeiro livro, Carta aos anfíbios, entre 2000 e 2004. Foi uma alegria quando a pequena editora Bem-Te-Vi, do Rio de Janeiro, aceitou publicá-lo. Com pequena distribuição, o livro saiu e sumiu. Muitos dos poemas já foram publicados em revistas eletrônicas, ainda que eu goste, ao mesmo tempo, do aspecto meio retirado dele, de livro que some. Mas aqui vão seis poemas do desaparecido Carta aos anfíbios (Rio de Janeiro: Bem-Te-Vi, 2005), seguidos de alguns textos d´a cadela sem Logos (São Paulo: Cosac Naify, 2007) e Sons: Arranjo: Garganta (São Paulo: Cosac Naify, 2009).
A seleção teve que atentar e seguir, infelizmente, algumas constrições tipográficas do Blogspot, deixando de fora os poemas, digamos, de composition by field, com a exceção do poema "Eu digo sim até dizer não", o texto de exórdio do meu trabalho. Outros podem ser lidos na revista Germina. Acrescento algo de meu trabalho em vídeo e leitura-performance. É estranho pensar que se trata já de uma década trabalhando entre os poetas contemporâneos do país. Para encerrar: aos que se dizem interessados em um debate sobre a poesia contemporânea, tenho deixado meu posicionamento est-É-tico claro (e público) desde 2004, como no ensaio "Ideologia da percepção", publicado no número 18 da revista Inimigo Rumor, sem mencionar a centena de artigos publicados na franquia eletrônica da Modo de Usar & Co. desde 2007, incluindo traduções de poetas da língua inglesa, alemã, espanhola, catalã e francesa. Espero que sejam interessantes para um ou dois leitores.
Alguns poemas
de Carta aos anfíbios (2005)
Eu digo sim até dizer não
as circunvoluções
...........e caprichos
......da atenção:
erguer a cabeça
e perder o sono
...............sopro
................... vento
...........em que
....................uma primeira esfera
...........de ar impele
....................outra ao movimento
...........ou em alto-mar
temendo menos a ausência
..................... de resgate na superfície
que a povoação alheia
...............e por isso informe, abaixo
n’água, invisível, mas parte
integrante das estruturas
do dia real
......só a lucidez abre caminho
......................para o imaginário
......................... mas a carne insiste
................no contínuo
onde as pedras são comestíveis
...................e exige-se a fome;
...........durante a transfiguração
...............em que anjos e bandejas
...........circulam seu jardim
..............................é fácil salmodiar
providências e entregas; mas
................é com o linho enfaixando toda a
................pele e a pedra
...........separando esta caverna
da saúde do ar
..................que se espera um Lázaro!
..................... Lázaro! e um segundo
................antes da asfixia
crer ainda
...........que seja este o meu
..................nome, seja ESTE o MEU
............... nome
...............se cada folha parece
........... percutir o sol hoje
e não se debruça do estame
................................... para o vazio
...................o mundo
...................... é tão simpático
...........da montanha que fala resta
...........a mímica, da presença
o ventríloquo, de sua boca
o mapa que reconduz à porta
..................mão em mão com passos lentos
......mas foi Isaque a carregar a lenha
................nas costas, tomar o fogo e o cutelo
...........na mão; e caminhou junto de seu pai
........... todo sacrifício é aparente e inútil,
.....................nenhuma
...............árvore camufla
........... suas frutas:
................expôe-nas
...........ao pássaro, ao
....................chão, ao suco
...........na garganta, à recusa
.................do estômago
...........por
...................tanto
...........percorro os andaimes
.....................de equilíbrio precário
..................... :
...........ferro oxidável
................... saudoso
...........de água
...........e a alegria de quem, na
obrigação de abater um novilho,
...................espera que seu corpo, de repente
........... forte, sobreviva ao sacrifício,
como uma garganta
enrijece-se rápida
para resistir à faca
§
Os materiais, a lição: cinco variações
I.
pés úmidos em terra seca:
montar um cavalo morto
enregela-nos o movimento.
(beijo ao caminho, à poeira)
o fértil
revolve os olhos
e mal contém-se
em coice:
pata impressa
em ervas.
II.
conglomerado sem esforço,
o corpo reunido vinga-se
do ar, dispersão contínua.
(e despenca-me em chuva)
o úmido
opõe ao vento
o núcleo
do seu aposento:
o corpo persevera
no extenso.
III.
escalar-se em chamas,
deitar no próprio corpo
como na última cama.
(prefiro o consumo do outro)
nosso palpável
peito unido
lambe o milagre
da carne única:
a trindade
opera-se grávida.
IV.
fala e água: ao chocarem-se
em continentes de carência,
o conteúdo dita a forma.
(o líquido modela o copo)
o sangue
procura deter-se
num trecho de pele
um instante:
toque do anátema,
farol, ex-amante.
V.
consciência purgada na falta
que ama: enfim, só se é cauto
em sins de olhos fechados.
(fé do absurdo no obstáculo)
o cavaleiro
executa
no escuro
o movimento.
sem aposta de páscoa:
um cavalo, um moinho, um vento.
§
A pele medrosa cicatriza-se: e recomeça
1.
esta perturbação inicial, garfo
que não encaixa na boca
e a comida cai, num prato
assustado; o copo
d’água vai de encontro
ao dente. A garganta
estende as palmas
de vontade.
2.
O algodão úmido
na testa eriça-me
o quebranto; o soluço
acelera o ritmo.
Visto o casaco alheio
e me perco no cheiro,
um instante,
um instante.
O flagrante
do dono
perturba-me
o sono.
3.
Timidez
de pés
em casa
estranha,
que ao
ensaio
da distribuição nova
do peso descobrem
a levitação.
4.
O chão é um convite
recorrente, constante; algo em nós espera
o reencontro. Até que o vento.
§
Olaria
Eu chamo de
saudade do sopro,
querença de brisa
sobre a água,
como a terra, disforme,
esses materiais
nas mãos do vivo
único, e único
o filho vence em dias
o que tememos a cada
rua, avião e cama;
é o fôlego do século,
o fôlego
do século,
e convém aceitá-lo,
dizem
(e arfam)
a máscara rápida
à boca,
e pedras remanescentes
das peneiras ferem
as mãos do oleiro
onde remodelados
às vezes
despertamos
e quando o vaso nas mãos
sangra
– abrimos os olhos –
e quando a pedra nas mãos
singra
– abrimos os olhos –
(certas dores não é lícito
fingir) e no forno
aguarda-nos
a paciência do que, sólido,
mantém características
de seu passado líquido,
mas não o indivisível.
§
O pão partido
Houvesse um telefonema,
haveria uma voz; eu
emagreço, que prazer
ajustar-se melhor
aos ossos. Levitar
até o teto; basta mover-se
na direção certa
para viver de inverno
em inverno. Meu corpo
seu estrado, o colchão
a falta, em concha
peito e costas
aconchegam-se
em útero: e a falta
redobrada.
O cordão umbilical uma
ausência explícita, que
digestão suporta
uma hóstia?
A boca abre-se à
expectativa,
saliva
produzida nas glândulas
da anunciação.
Pão partido, corpo prurido
every single time.
Mas separam-nos
o jejum e as
orações de minha mãe,
a possibilidade
de um oceano
e seu condiloma
imaginado.
É 1654 e cavalos
(oito) tentam separar
as duas metades de
uma esfera unidas
pelo vácuo; em apenas
dois por cento das caças
um urso polar
tem sucesso mas
seu pêlo é branco! e oco
para conduzir melhor o sol;
brilhar e desaparecer:
camuflagem perfeita e o único
predador a fome.
A hóstia sempre
um prelúdio,
não uma rememoração.
§
Separatismo
Seu olho fisga-me dentre
os outros repuxa a pele
e reabre o corte faz-me
acreditar num anzol
dedicado
à minha boca enquanto a
expectativa infecciona
sob minha língua repetindo é hoje
é hoje e eu não
queria voltar a existir
como se à entrada
de uma estação de
metrô tocando xilofone
para os transeuntes à espera
da moeda a certa a desejada você
cantarola Crush
with eyeliner ele
caminha até o som Too drunk
to fuck soa
no quarto poemas não
o impressionam inútil
citar aquela poetisa
polonesa de que você gosta
tanto discorrer sobre a palavra yes
nos poemas
de e.e. cummings narrar
a morte estúpida
de Ingeborg Bachmann aduzir
como ele adoraria Yehuda
Amichai ou chiar améns não ele
folheia panfletos
anarquistas mimeografados
textos de escritores
judeus cheios de sarcasmo e ri
sozinho na cama você
se olha no espelho e sabe
de antemão que não
adianta tentar
um moicano você nasceu
para usar
óculos sua visão perfeita
20/20 sempre
foi na verdade um insulto mas como
é bom ouvi-lo sobre a infância
na Berlim dividida os pais
anarquistas o erro
a reunificação (der Anschluss
como ele diz) as dificuldades
de ser possuído por pai
alemão e mãe
judia passar o sábado
todo assistindo-
o vê-lo observar o sábado pedir pelo
que é kosher sim querido começa
em alguns dias a Chanukka
quando em um cerco inimigo
ao templo o óleo
suficiente para apenas um dia queimou
durante oito a perseverança do óleo me
cai bem
§
("Pequeno estudo sobre os ciúmes", Ricardo Domeneck, 2007)
§
de a cadela sem Logos (2007)
falar hoje exige
elidir a própria
voz as transações
inventivas entre
interno e externo
demandam
que a base venha
à tona e a
superfície seja
da profundidade da
história ímpeto
denotando o
centrífugo
o corpo público
que exibo como
palco fruto
da ansiedade
do remetente
o interno ao longo
da epiderme
como emily
dickinson terminando
uma carta de minúcias
com “forgive
me the personality“
§
reconhecer uma
voz um rosto
reconhecer pela
dor um órgão desperto o
pé encontra diligente
a falha no chão que
o tempo prestou
estaca
o joelho dobra-se à
força do impulso
a queda é a
entrega à falta
de assistência
do ar JUBILATE
se é assim é
assim por um
segundo tudo
real como uma
cena em jean-marie
straub somos todos
adultos ou não
digo EXSULTATE
nem dói estar
um tanto
deslocado
na esfera da atenção
alheia como a
rejeição da
rua paralela
§
("Six songs of causality", Ricardo Domeneck, performance-leitura no Espai d´Art Contemporani de Castelló, Espanha, 2009)
§
de Sons: Arranjo: Garganta (2009)
O anjo da reprise
Fé cega no informe
dos olhos, os dedos
de Tomé
pela ferida do prego,
distância, bússola
e intransigência
do horizonte,
pela cabeça
da mulher
de Ló talvez
apenas a certeza
de não
ser capaz do olvido:
o único inominável
é o long forgotten
ou, cego de ciúmes,
o medo de ter à cama
um monstro
define o que se troca
entre os olhares
de uma Psiquê
erotizada e um Eros
psicótico
no instante à vela
e agora
vejo-te em parte
e aguardo
sentado pelo relatório
de Medeia sobre a lição
de quem arrisca urrar
"meu reino
por um amante",
já que nessa
novela não
veremos o rosto
de Jasão sem filhos
jazer em divórcio
sobre as folhas
enrodilhado
ou de joelhos,
a barba de três dias
e o sol queimando
as unhas, o quotidiano
longe dos olhos
ou o anjo
que volta o rosto
sempre à espera
das facas às costas.
§
O poeta vai para o monastério
a-
como adormecer num longa
do Pasolini e despertar
num curta do Kieslowski;
e tem sentido, eu pergunto,
abstinência, parcimônia
polissílabas? se meu corpo
foi sempre teatro
do precário? Êxtase
em ascese,
mas as extremidades
começam a cansar-me,
quem me dera
agora um dilúvio
na ponta dos pés;
a perda acopla-se
mas o oximoro não
me acalma, ninguém
que preencha
meu ônus,
caminhando pelas ruas
como uma papisa,
uma diva, uma Kate
Bush ofendida,
cantarolando
"de longe sim flauta de luva"
para que não
se entenda que
entre dentes
cerrados invoco
(a primeira onda
sobre minha própria
cabeça) o
déluge sintflut dilúvio
b-
derramo o leite no
chão de propósito,
firo,
furo os dedos
no garfo,
quero tanto
agradar e intuo
que Deus aprecia
desperdícios; assim
deslocado
como um peixe
n'água, olho
continuamente para
o teto à procura
das câmeras que
tornem oficial
meu protagonismo
nesta história,
pela manhã
o primeiro sussurro
sendo HOMEM
AO MAR HOMEM
AO MAR e só hoje
entendo minha
mãe gritando após
as surras "não
me venha
com esta
cara de Maria
Madalena
arrependida";
ah o martírio
rosa de jamais
ter filhos que eu
possa chamar de
Rocamadour
Abel
Luke Skywalker
§
Linear
De boca em boca
o mundo mostra
os dentes e a garganta
infecciona-se em resposta.
Atento ao ambiente como
o ambiente ignora a
minha vontade.
Mesmo equivalências
geram colisões e o eixo
do sal denuncia
o doce na boca.
“.”
O herói contra
a corrente, o herói
à vela.
Não há apoteose
suficiente para todos,
a chuva muitas vezes
cai antes
da hora,
quer-se os créditos
e eles não sobem.
Beethoven
ludibriou-nos.
É claro que em Who´s
Afraid of Virginia Woolf?
Richard Burton, não,
George, recorre ao
útero vazio
de Elizabeth Taylor,
não,
Martha, para a
ofensa última.
A escala da
nutrição não
recomeça a cada
meia-noite, segue
a continuidade
do esôfago, do
termômetro, da
maré, da
infecção, da
ascensão e queda
dos efeitos
da cocaína, da cafeína.
Filiação da fome e
as ilusões da higiene.
§
Cão são da ex-ilha
a Carlito Azevedo
o desgosto de cada
passo confirmar o mapa
e o diafragma contraído
entende o queixo
no joelho,
meio-dia e meia
o centro da certeza
que caminha do “quero“
ao “não-quero“,
palha, fênix, Joana
d’Arc, como perceber
que abismo e precipício
não
são sinônimos
exatos,
ou acordar no meio da
noite sem energia
elétrica
e sussurrar com a calma
do fim da força:
equivalendo
silêncio e escuridão,
real
apenas a escolha
da língua, entre-
tanto a
memória
das possibilidades
morre
para que o fato
entre inassistido
nas atas
do verídico;
saiu o sol,
deve estar tudo
bem; subiu a lua,
deve estar tudo
bem;
trocar de pele
continuamente
talvez
leve-me ao centro
e a ausência
me escame
como quem diz
“eu sinto
a falta”
§
("This is the voice", Ricardo Domeneck, leitura-performance no Festival Yuxtaposiciones, Casa Encendida de Madrid, Espanha, 2008)
.
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2 comentários:
ricardo, percebo que o corpo, nos seus poemas, é um assunto recorrente. vc certamente já leu lucrécio. tudo é corpo ou vazio?
Gabriel, há só corpos e suas expansões, a forma como nos espalhamos pelo toque. É como vejo.
grande abraço
Domeneck
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