terça-feira, 31 de julho de 2012

Heinrich Heine aporta na língua portuguesa



O artigo abaixo é uma versão expandida do que publicara na Modo de Usar & Co., preparado no ano passado para a Deutsche Welle, mas infelizmente aos editores o texto pareceu especializado demais para a publicação. Entre tentativas de reescrever o texto sem bater a cabeça no teto, o gancho do lançamento passou e o texto acabou aprisionado em meu disco rígido. Publico-o agora aqui porque, ao lado da tradução integral de Dirceu Villa para o Lustra (1916), de Ezra Pound, o lançamento destas traduções inteligentíssimas de André Vallias para poemas do alemão me pareceu um dos grandes acontecimentos literários do ano passado. Estaria, certamente, também em minha lista de acontecimentos mais que felizes desde o início do século.

Heinrich Heine aporta na língua portuguesa



Para o debate literário no Brasil, o país que o crítico de arte Mario Pedrosa teria declarado estar “condenado à modernidade”, a publicação desta que é a maior antologia já dedicada ao trabalho de Heinrich Heine (1797 – 1856) em língua portuguesa traz alguns elementos mais que frutíferos. Talvez o mais interessante seja a discussão sobre o papel de Heine na fundação do que chamamos de nossa modernidade, aquela que já foi declarada morta, por uns, e ainda reinante por outros, especialmente a partir da contribuição de teóricos como Haroldo de Campos para a discussão sobre o conceito de pós-modernidade a partir de sua elaboração do que chamou de “poema pós-utópico”. É natural, para um país até pouco tempo tão francófilo quanto o Brasil, que a discussão sobre a nossa modernidade poética tenha seguido a teoria da paternidade concedida a poetas franceses, sejam eles Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud ou Stéphane Mallarmé. A guinada anglófila que o país tem experimentado nas últimas décadas trouxe autores como Walt Whitman, Emily Dickinson e Edgar Allan Poe para o panteão, mas a presença da literatura germânica no Brasil permaneceu ilhada, de certa forma, ainda que Heine tenha sido traduzido por autores do calibre de Machado de Assis e Manuel Bandeira, ou a relação de Mário de Andrade com a língua e cultura alemãs, que emerge no romance Amar, Verbo Intransitivo (1927), em artigos como “Teutos mas músicos”, publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 1939, ou mesmo no título de um de seus mais conhecidos livros de poemas, Losango Cáqui, ou, Afetos militares de mistura com os porquês de eu saber alemão (1926).

Para uma discussão que gira tão fortemente em torno da modernidade como ruptura, mesmo com a intervenção de Octavio Paz no texto “Tradição da ruptura”, a conexão de Heinrich Heine à tradição medieval de autores como Walther von der Vogelweide, seu embasamento poético na tradição oral alemã, que ecoaria no século XX em autores como Brecht e Artmann, pode levar nosso debate a uma apreciação do que a modernidade tem de continuidade e religação a tradições desprestigiadas do passado. Neste aspecto, as excelentes traduções de André Vallias para este volume, HEINE, HEIN? – Poeta dos contrários (São Paulo: Perspectiva, 2011), estabelecem também na poética moderna brasileira sua ligação com a tradição medieval dos trovadores e com a cultura oral da poesia brasileira. 

Pois Vallias mostra-nos Heine, cantor popular, pelas lentes da própria cultura poético-musical brasileira, fazendo por vezes que textos do autor alemão ecoem em nossa memória afetiva de brasileiros, tão marcada por textos de autores como Noel Rosa e Lupicínio Rodrigues. Este Heinrich Heine, tanto como um dos pais desta nossa última modernidade, quanto como poeta dos mais populares na Alemanha desde a publicação de seu Buch der Lieder, se nos afigura extremamente contemporâneo em sua quebra da dualidade entre cultura erudita e popular. Parece-me um dos feitos implícitos mais entusiasmantes desta empreitada do poeta e tradutor paulistano, que tem mantido na poesia contemporânea brasileira uma ponte desimpedida com a poesia alemã através de traduções também de um poeta como o austríaco Georg Trakl.

Heinrich Heine nasceu em Düsseldorf, Alemanha, em 1797, e morreu em Paris em 1856. Chamado ao mesmo tempo de "último Romântico alemão" e de superador e transformador do Movimento, a obra de Heinrich Heine mostra-se como exemplo perfeito do que Ezra Pound diria sobre a poesia de qualidade: pode ser ignorada e desprezada por décadas ou séculos, mas cedo ou tarde um leitor, sem ter que ser subornado, a encontrará em uma estante e a colocará novamente em circulação. Como o próprio tradutor escreveu: 

“HEINE – poeta, escritor, jornalista e pensador (nascido Harry, em 1797; batizado Heinrich, em 1825; falecido Henri, em 1856) – foi uma das personalidades mais fascinantes e contraditórias do século XIX. Aluno do crítico, tradutor e teórico da literatura August von Schlegel, do linguista e sanscritólogo Franz Bopp e do filósofo Georg Hegel, ascendeu dos salões literários de Berlim à efervescente metrópole parisiense – onde conviveu com Balzac, Alexandre Dumas, Chopin, George Sand, Berlioz, barão de Rothschild, Théophile Gautier, Franz Liszt, Gérard de Nerval, entre outros – para se tornar o primeiro artista e intelectual judeu-alemão de ampla repercussão internacional. Influenciou tanto Karl Marx, de quem foi grande amigo, quanto Friedrich Nietzsche e Sigmund Freud, para ficarmos apenas entre os baluartes da Modernidade, palavra que, por sinal, ele próprio introduziu no vocabulário, num de seus caleidoscópicos Quadros de viagem que lhe catapultaram para a fama em meados da década de 1820. Em 1827, publicou uma das mais bem-sucedidas coletâneas de poesia do Ocidente, o Livro das canções.”

Com 544 páginas, HEINE, HEIN? – Poeta dos contrários traz uma boa introdução de André Vallias sobre o tempo e trabalho do poeta judeu alemão, 120 poemas em edição bilíngue, dois longos excertos do livro Ludwig Börne – Um memorial e cerca de 50 fragmentos extraídos de outras obras em prosa e de sua correspondência. A imprensa brasileira, num momento raro de aparente vigília, tem chamado a atenção para a importância desta publicação no País.

No Brasil, algo que refletiu a tendência de muitos outros países, sempre se deu mais atenção crítica ao que eu chamaria de ala órfica da tradição poética germânica, com poetas como Hölderlin e Novalis, ou, no século XX, a de Rilke e Trakl (esta, distinta da maior parte da poesia expressionista), assim como a de Paul Celan e Ingeborg Bachmann no pós-guerra. Isto talvez explique um pouco o fato de que só agora, em 2011, a obra de Heine receba uma antologia tão abrangente em língua portuguesa, pois Heine é um dos grandes representantes do que poderíamos chamar de ala telúrica da poesia germânica, da qual foi certamente uma espécie de mestre central, mantendo-a viva e equilibrando-se entre a obra dos minnesänger (a versão germânica do trovador medieval), como o já mencionado Walther von der Vogelweide (1170 – 1230), a poesia satírica composta em latim e coligida na antologia Carmina Burana, por volta de 1230, e ainda a obra modernista de poetas como Christian Morgenstern (1871 - 1914) e Bertolt Brecht (1898 - 1956), que certamente aprendeu com as Lieder de Heine para seu trabalho dramatúrgico e de composição com Kurt Weill (1990 - 1950).

São, na verdade, fascinantes alguns dos paralelos entre Heinrich Heine e Bertolt Brecht, simbolizados de certa maneira já pelos seus anos de nascimento e morte: Heine nasce em 1797, Brecht em 1898 - um século separando-os; Heine morre em 1856, Brecht em 1956 - outro século. Entre estes dois mestres alemães e seus séculos, as obras poéticas marcadas pela tradição germânica da poesia oral e cantada, o ativismo político, a paixão pelas Revoluções de seu tempo (a Francesa para Heine, a Russa para Brecht), a resistência a nacionalismos, alguns momentos quase proféticos em suas obras antes das catástrofes, seus exílios forçados.

A influência da poesia de Heine pode ainda ser sentida com força no trabalho de autores do pós-guerra, como o austríaco H.C. Artmann e os alemães Helmut Heissenbüttel, Heiner Müller e Thomas Brasch, por exemplo. A poesia deste alemão judeu, tão consciente da historicidade de seu trabalho com a linguagem, está completamente marcada por seu tempo e contexto histórico, mas é, ao mesmo tempo, uma das obras poéticas mais atuais da língua alemã. Esta antologia é motivo de celebração.


--- Ricardo Domeneck

§

POEMAS DE HEINRICH HEINE
em tradução de André Vallias


Legado

A minha vida chega ao fim,
Escrevo pois meu testamento;
Cristão, eu lego aos inimigos
Dádivas de agradecimento.

Aos meus fiéis opositores
Eu deixo as pragas e doenças,
A minha coleção de dores,
Moléstias e deficiências.

Recebam ainda aquela cólica,
Mordendo feito uma torquês,
Pedras no rim e as hemorroidas,
Que inflamam no final do mês.

As minhas cãimbras e gastrite,
Hérnias de disco e convulsões –
Darei de herança tudo aquilo
Que usufruí em diversões.

Adendo à última vontade:
Que Deus caído em esquecimento
Lembre de vós e vos apague
Toda a memória e sentimento.


:


Vermächtniß


Nun mein Leben geht zu End’,
Mach’ ich auch mein Testament;
Christlich will ich drin bedenken
Meine Feinde mit Geschenken.

Diese würd’gen, tugendfesten
Widersacher sollen erben
All mein Siechthum und Verderben,
Meine sämmtlichen Gebresten.

Ich vermach’ Euch die Coliken,
Die den Bauch wie Zangen zwicken,
Harnbeschwerden, die perfiden
Preußischen Hämorrhoiden.

Meine Krämpfe sollt Ihr haben,
Speichelfluß und Gliederzucken,
Knochendarre in dem Rucken,
Lauter schöne Gottesgaben.

Codizill zu dem Vermächtniß:
In Vergessenheit versenken
Soll der Herr Eu’r Angedenken,
Er vertilge Eu’r Gedächtniß.

[1851]



§



Os anjos

Eu, incrédulo Tomé,
Já não creio na doutrina
Que o rabi e o padre ensinam:
Nesse “céu” não levo fé!

Mas nos anjos acredito,
Dou aqui meu testemunho:
Perambulam pelo mundo,
Impolutos e bonitos.

Só refuto essa bobagem
De anjo aparecer de asinha;
Sei de muitos, Senhorinha,
Desprovidos de penagem.

Com carinho e claridade,
De olho atento nos humanos,
Nos protegem, afastando
O infortúnio e a tempestade.

Amizade tão discreta
Reconforta toda gente,
Tanto mais o duplamente
Judiado, que é o poeta.


§


Die Engel

Freylich ein ungläub’ger Thomas
Glaub’ ich an den Himmel nicht,
Den die Kirchenlehre Romas
Und Jerusalems verspricht.

Doch die Existenz der Engel,
Die bezweifelte ich nie;
Lichtgeschöpfe sonder Mängel,
Hier auf Erden wandeln sie.

Nur, genäd’ge Frau, die Flügel
Sprech’ ich jenen Wesen ab;
Engel giebt es ohne Flügel,
Wie ich selbst gesehen hab’.

Lieblich mit den weißen Händen,
Lieblich mit dem schönen Blick
Schützen sie den Menschen, wenden
Von ihm ab das Mißgeschick.

Ihre Huld und ihre Gnaden
Trösten jeden, doch zumeist
Ihn, der doppelt qualbeladen,
Ihn, den man den Dichter heißt.

[1847]


§


Como rasteja devagar
O tempo, caracol horrendo!
E eu, sem poder mover os membros,
Não saio mais deste lugar.

Na minha cela sempre escura
Não entra sol nem a esperança;
Daqui, em derradeira instância,
Só me liberta a sepultura.

Quem sabe já virei defunto
E esses semblantes em cortejo,
Que à noite desfilando eu vejo,
Não são visitas do outro mundo.

Fantasmas a vagar sem corpo
Ou deuses do templo pagão,
Que adoram fazer confusão
No crânio de um poeta morto. –

A doce festa dos espíritos,
Orgia saturnal e tétrica,
Busca a mão óssea do poeta
Deitar às vezes por escrito.


:


Wie langsam kriechet sie dahin,
Die Zeit, die schauderhafte Schnecke!
Ich aber, ganz bewegungslos
Blieb ich hier auf demselben Flecke.

In meine dunkle Zelle dringt
Kein Sonnenstral, kein Hoffnungsschimmer;
Ich weiß, nur mit der Kirchhofsgruft
Vertausch ich dies fatale Zimmer.

Vielleicht bin ich gestorben längst;
Es sind vielleicht nur Spukgestalten
Die Phantasieen, die des Nachts
Im Hirn den bunten Umzug halten.

Es mögen wohl Gespenster seyn,
Altheidnisch göttlichen Gelichters;
Sie wählen gern zum Tummelplatz
Den Schädel eines todten Dichters. –

Die schaurig süssen Orgia,
Das nächtlich tolle Geistertreiben,
Sucht des Poeten Leichenhand
Manchmal am Morgen aufzuschreiben.

[1853-1854]


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SOBRE A ANTOLOGIA:

Augusto de Campos: "A obra de Heine – em particular a poética – é escassamente conhecida e difundida entre nós. Das traduções modernas de sua poesia só é possível destacar, em termos de qualidade estética – as que constam da antologia de poemas traduzidos por Décio Pignatari, 31 Poetas 214 poemas: do Rigveda a Apollinaire (Editora da Unicamp) – apenas dez textos breves. “Byroniano, Heine teria superado Byron pela finura e precisão de sua arte poética.”, é a opinião de Pignatari. Assim, HEINE, HEIN? – cujo título é uma saborosa trouvaille a enfatizar a sensação de novidade que nos traz o livro – ganha dimensões incomuns. Não só pela quantidade do material textual que o tradutor nos oferece – ao todo, 120 poemas de todas as fases de Heine – como ainda pela instigante collage de sua epistolografia e de outros textos seus, que estabelecem um contraponto informativo com a antologia poética proposta. As traduções de André Vallias têm, além disso, alta qualidade estética. Situam-se no âmbito da difícil arte da tradução poética ou da “transcriação” – expressão cunhada por Haroldo de Campos –, cujo objetivo é constituir, na língua de chegada, poemas que reproduzam o impacto e a criatividade originais. Tal empreitada, além do conhecimento das duas línguas, requer muita expertise na elaboração poética, que – dadas as características do original – tem de lidar com requintados módulos métricos e rímicos, sem perder a espontaneidade da linguagem de Heine, onde se mesclam o sermo nobilis e o coloquial-irônico. O tradutor (...) sai-se, a meu ver, com muito brilho dessa aventura literária.


§


Depoimento de André Vallias

"Quando iniciei o trabalho de tradução dos poemas de Heine, há exatos três anos, conhecia muito pouco sobre o poeta e sua produção intelectual, mas sabia do grande apreço que Décio Pignatari tinha por sua obra. Esta a razão, aliada à minha admiração pelo irrequieto integrante dos “tri-gênios concretistas”, de ter dedicado a ele HEINE, HEIN?– Poeta dos contrários.

Fui traduzindo aos poucos, sem qualquer pretensão de realizar uma antologia de fôlego; no máximo algo em torno do que já havia feito com a poesia de Hölderlin e Trakl – cerca de 20 poemas, intercalados com cartas –, que publiquei em versões reduzidas na revista literária Cacto. Foi, aliás, uma dessas pequenas coletâneas – a de Georg Trakl – que levou Augusto de Campos a me propor publicação na prestigiosa coleção Signos da editora Perspectiva, por ele dirigida.

Quando me dei conta, porém, do enorme déficit de traduções para o português da poesia de Heine, e do desconhecimento geral de sua obra no Brasil, resolvi deixar o poeta austríaco esperando. Augusto acolheu a mudança com muita simpatia, lembrando-se da alta estima que Pound e Pignatari tinham pelo poeta judeu-alemão. O editor Jacó Guinsburg – que, por sinal, traduziu a novela O Rabi de Bacherach de Heine nos anos de 1950, depois incluída na antologia de contos e novelas de autores judeus Entre Dois Mundos (Perspectiva, 1967) – e sua companheira Gita Guinsburg não foram menos receptivos.

Mas o embrião deste livro, por incrível que pareça, foi um disco imaginário que intitulei Caderno dos Sambas, numa referência ao best-seller de Heine, o Livro das Canções. Explico-me: os primeiros poemas que verti para o português, da safra mais coloquial-irônica do poeta, me soaram tão parecidos com as letras do nosso cancioneiro popular – especialmente daqueles sambas das décadas de 1930 e 1940 –, que não pude resistir à tentação de imaginá-los com a melodia de nossos maiores compositores, na voz de nossos grandes intérpretes. Assim, “O mundo é tolo, o mundo é cego...” virou o samba “Disparate”, de Geraldo Pereira e Wilson Batista, na interpretação do próprio Geraldo; “Os teus beijinhos foram tantos...”, virou “Enfermaria” de Noel Rosa, cantado por Mário Reis; “As garrafas pelo chão...”, um samba de breque de Moreira da Silva; “Celimena” – testemunho do tempestuoso casamento do poeta – não pude confiar a ninguém menos que Lupicínio Rodrigues; e por aí fui, até completar 12 fonogramas fictícios. Depois, animado com a desenvoltura que havia adquirido na tradução dos versos de Heine e, ainda mais, com a repercussão entusiasmada dos primeiros e ilustres leitores dessa empreitada – os poetas Augusto de Campos e Age de Carvalho – resolvi encarar o desafio de proporcionar uma grande amostragem de sua obra tão original. Confesso, todavia, que não desisti ainda da ideia de ouvir o poeta de Düsseldorf na cadência do samba..."

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André Vallias nasceu em 1963, é poeta, designer gráfico e produtor de mídia interativa. De 1987 a 1994 viveu na Alemanha, onde foi co-curador de importantes exposições de poesia experimental, entre as quais Transfutur – poesia visual da União Soviética, Brasil e países de língua alemã (1990) e p0es1e – digitale dichtkunst (1992), primeira mostra internacional de poesia feita em computador. De volta ao Brasil, tornou-se um dos mais destacados designers da web brasileira, notabilizando-se pela criação dos sites de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto, Edgar Morin, entre outros. Em 2003, foi agraciado com o Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia pelo poema interativo ORATORIO. Vem publicando regularmente poemas e traduções em diversas revistas brasileiras e internacionais, como Piauí, S/N, Artéria, Et Cetera, Cacto, Roda, Cortex, Alire, Visible Language, High Quality. Contribuiu nos livros: Media Poetry: an International Anthology – Eduardo Kac (org.), Céu Acima: Para um tombeau de Haroldo de Campos – Leda Tenório da Motta (org.), Cultura Digital.Br – Rodrigo Savazoni e Sergio Cohn (org.), entre outros. Em 2007, foi co-curador da exposição POIESIS – poema entre pixel e programa (Oi Futuro, RJ) e realizou apresentações multimídia de seus poemas e traduções nos eventos Errática – Poema ao vivo (CCBB, RJ) e Poema Falado (Itáu Cultural, SP). Em 2010, apresentou-se ao lado da multi-instrumentista e performer Lica Cecato, no espetáculo Sybabelia (Oi Futuro, RJ / SESC – Pompeia, SP). É editor da revista online Errática: www.erratica.com.br


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2 comentários:

Anônimo disse...

O Alcir Pécora usa esse "conceito" de órfica num dos livros sobre a Hilst. Estranho...

Ricardo Domeneck disse...

O que é exatamente "estranho"? O conceito de poesia órfica vem sendo discutido por inúmeras pessoas desde pelo menos Novalis.

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