O artigo abaixo é uma versão expandida do que publicara na Modo de Usar & Co., preparado no ano passado para a Deutsche Welle, mas infelizmente aos editores o texto pareceu especializado demais para a publicação. Entre tentativas de reescrever o texto sem bater a cabeça no teto, o gancho do lançamento passou e o texto acabou aprisionado em meu disco rígido. Publico-o agora aqui porque, ao lado da tradução integral de Dirceu Villa para o Lustra (1916), de Ezra Pound, o lançamento destas traduções inteligentíssimas de André Vallias para poemas do alemão me pareceu um dos grandes acontecimentos literários do ano passado. Estaria, certamente, também em minha lista de acontecimentos mais que felizes desde o início do século.
Heinrich Heine aporta na língua portuguesa
Para o debate literário no Brasil, o
país que o crítico de arte Mario Pedrosa teria declarado estar
“condenado à modernidade”, a publicação desta que é a maior
antologia já dedicada ao trabalho de Heinrich Heine (1797 – 1856)
em língua portuguesa traz alguns elementos mais que frutíferos.
Talvez o mais interessante seja a discussão sobre o papel de Heine
na fundação do que chamamos de nossa modernidade, aquela que já
foi declarada morta, por uns, e ainda reinante por outros,
especialmente a partir da contribuição de teóricos como Haroldo de
Campos para a discussão sobre o conceito de pós-modernidade a
partir de sua elaboração do que chamou de “poema pós-utópico”. É
natural, para um país até pouco tempo tão francófilo quanto o
Brasil, que a discussão sobre a nossa modernidade poética tenha seguido a
teoria da paternidade concedida a poetas franceses, sejam eles
Charles Baudelaire, Arthur Rimbaud ou Stéphane Mallarmé. A guinada
anglófila que o país tem experimentado nas últimas décadas trouxe
autores como Walt Whitman, Emily Dickinson e Edgar Allan Poe para o
panteão, mas a presença da literatura germânica no Brasil
permaneceu ilhada, de certa forma, ainda que Heine tenha sido
traduzido por autores do calibre de Machado de Assis e Manuel
Bandeira, ou a relação de Mário de Andrade com a língua e cultura
alemãs, que emerge no romance Amar, Verbo Intransitivo
(1927), em artigos como “Teutos mas músicos”, publicado no
jornal O Estado de S. Paulo em 1939, ou mesmo no título de um
de seus mais conhecidos livros de poemas, Losango Cáqui, ou,
Afetos militares de mistura com os porquês de eu saber alemão
(1926).
Para uma discussão que gira tão
fortemente em torno da modernidade como ruptura, mesmo com a
intervenção de Octavio Paz no texto “Tradição da ruptura”, a
conexão de Heinrich Heine à tradição medieval de autores como
Walther von der Vogelweide, seu embasamento poético na tradição
oral alemã, que ecoaria no século XX em autores como Brecht e
Artmann, pode levar nosso debate a uma apreciação do que a
modernidade tem de continuidade e religação a tradições
desprestigiadas do passado. Neste aspecto, as excelentes traduções
de André Vallias para este volume, HEINE, HEIN? – Poeta dos
contrários (São Paulo: Perspectiva, 2011), estabelecem também
na poética moderna brasileira sua ligação com a tradição
medieval dos trovadores e com a cultura oral da poesia brasileira.
Pois Vallias mostra-nos Heine, cantor popular, pelas lentes da
própria cultura poético-musical brasileira, fazendo por vezes que
textos do autor alemão ecoem em nossa memória afetiva de brasileiros, tão marcada por textos de autores como Noel Rosa e Lupicínio
Rodrigues. Este Heinrich Heine, tanto como um dos pais desta nossa
última modernidade, quanto como poeta dos mais populares na Alemanha
desde a publicação de seu Buch der Lieder, se nos afigura extremamente contemporâneo em sua quebra da dualidade entre
cultura erudita e popular. Parece-me um dos feitos implícitos mais
entusiasmantes desta empreitada do poeta e tradutor paulistano, que tem
mantido na poesia contemporânea brasileira uma ponte desimpedida com a poesia
alemã através de traduções também de um poeta como o austríaco
Georg Trakl.
Heinrich Heine nasceu em Düsseldorf,
Alemanha, em 1797, e morreu em Paris em 1856. Chamado ao mesmo tempo
de "último Romântico alemão" e de superador e
transformador do Movimento, a obra de Heinrich Heine mostra-se como
exemplo perfeito do que Ezra Pound diria sobre a poesia de qualidade:
pode ser ignorada e desprezada por décadas ou séculos, mas cedo ou
tarde um leitor, sem ter que ser subornado, a encontrará em uma
estante e a colocará novamente em circulação. Como o próprio
tradutor escreveu:
“HEINE – poeta, escritor, jornalista e
pensador (nascido Harry, em 1797; batizado Heinrich, em 1825;
falecido Henri, em 1856) – foi uma das personalidades mais
fascinantes e contraditórias do século XIX. Aluno do crítico,
tradutor e teórico da literatura August von Schlegel, do linguista e
sanscritólogo Franz Bopp e do filósofo Georg Hegel, ascendeu dos
salões literários de Berlim à efervescente metrópole parisiense –
onde conviveu com Balzac, Alexandre Dumas, Chopin, George Sand,
Berlioz, barão de Rothschild, Théophile Gautier, Franz Liszt,
Gérard de Nerval, entre outros – para se tornar o primeiro artista
e intelectual judeu-alemão de ampla repercussão internacional.
Influenciou tanto Karl Marx, de quem foi grande amigo, quanto
Friedrich Nietzsche e Sigmund Freud, para ficarmos apenas entre os
baluartes da Modernidade, palavra que, por sinal, ele próprio
introduziu no vocabulário, num de seus caleidoscópicos Quadros de
viagem que lhe catapultaram para a fama em meados da década de 1820.
Em 1827, publicou uma das mais bem-sucedidas coletâneas de poesia do
Ocidente, o Livro das canções.”
Com 544 páginas, HEINE, HEIN? –
Poeta dos contrários traz uma boa introdução de André Vallias
sobre o tempo e trabalho do poeta judeu alemão, 120 poemas em edição
bilíngue, dois longos excertos do livro Ludwig Börne – Um
memorial e cerca de 50 fragmentos extraídos de outras obras em
prosa e de sua correspondência. A imprensa brasileira, num momento
raro de aparente vigília, tem chamado a atenção para a importância
desta publicação no País.
No Brasil, algo que refletiu a
tendência de muitos outros países, sempre se deu mais atenção
crítica ao que eu chamaria de ala órfica da tradição poética
germânica, com poetas como Hölderlin e Novalis, ou, no século XX,
a de Rilke e Trakl (esta, distinta da maior parte da poesia
expressionista), assim como a de Paul Celan e Ingeborg Bachmann no
pós-guerra. Isto talvez explique um pouco o fato de que só agora,
em 2011, a obra de Heine receba uma antologia tão abrangente em
língua portuguesa, pois Heine é um dos grandes representantes do
que poderíamos chamar de ala telúrica da poesia germânica, da qual
foi certamente uma espécie de mestre central, mantendo-a viva e
equilibrando-se entre a obra dos minnesänger (a versão
germânica do trovador medieval), como o já mencionado Walther von
der Vogelweide (1170 – 1230), a poesia satírica
composta em latim e coligida na antologia Carmina Burana, por
volta de 1230, e ainda a obra modernista de poetas como Christian
Morgenstern (1871 - 1914) e Bertolt Brecht (1898 - 1956), que
certamente aprendeu com as Lieder de Heine para seu trabalho
dramatúrgico e de composição com Kurt Weill (1990 - 1950).
São, na verdade, fascinantes alguns
dos paralelos entre Heinrich Heine e Bertolt Brecht, simbolizados de
certa maneira já pelos seus anos de nascimento e morte: Heine nasce
em 1797, Brecht em 1898 - um século separando-os; Heine morre em
1856, Brecht em 1956 - outro século. Entre estes dois mestres
alemães e seus séculos, as obras poéticas marcadas pela tradição
germânica da poesia oral e cantada, o ativismo político, a paixão
pelas Revoluções de seu tempo (a Francesa para Heine, a Russa para
Brecht), a resistência a nacionalismos, alguns momentos quase
proféticos em suas obras antes das catástrofes, seus exílios
forçados.
A influência da poesia de Heine pode
ainda ser sentida com força no trabalho de autores do pós-guerra,
como o austríaco H.C. Artmann e os alemães Helmut Heissenbüttel,
Heiner Müller e Thomas Brasch, por exemplo. A
poesia deste alemão judeu, tão consciente da historicidade de seu
trabalho com a linguagem, está completamente marcada por seu tempo e
contexto histórico, mas é, ao mesmo tempo, uma das obras poéticas
mais atuais da língua alemã. Esta antologia é motivo de
celebração.
--- Ricardo Domeneck
§
POEMAS DE HEINRICH HEINE
em tradução de André Vallias
Legado
A minha vida chega ao fim,
Escrevo pois meu testamento;
Cristão, eu lego aos inimigos
Dádivas de agradecimento.
Aos meus fiéis opositores
Eu deixo as pragas e doenças,
A minha coleção de dores,
Moléstias e deficiências.
Recebam ainda aquela cólica,
Mordendo feito uma torquês,
Pedras no rim e as hemorroidas,
Que inflamam no final do mês.
As minhas cãimbras e gastrite,
Hérnias de disco e convulsões –
Darei de herança tudo aquilo
Que usufruí em diversões.
Adendo à última vontade:
Que Deus caído em esquecimento
Lembre de vós e vos apague
Toda a memória e sentimento.
:
Vermächtniß
Nun mein Leben geht zu End’,
Mach’ ich auch mein Testament;
Christlich will ich drin bedenken
Meine Feinde mit Geschenken.
Diese würd’gen, tugendfesten
Widersacher sollen erben
All mein Siechthum und Verderben,
Meine sämmtlichen Gebresten.
Ich vermach’ Euch die Coliken,
Die den Bauch wie Zangen zwicken,
Harnbeschwerden, die perfiden
Preußischen Hämorrhoiden.
Meine Krämpfe sollt Ihr haben,
Speichelfluß und Gliederzucken,
Knochendarre in dem Rucken,
Lauter schöne Gottesgaben.
Codizill zu dem Vermächtniß:
In Vergessenheit versenken
Soll der Herr Eu’r Angedenken,
Er vertilge Eu’r Gedächtniß.
[1851]
§
Os anjos
Eu, incrédulo Tomé,
Já não creio na doutrina
Que o rabi e o padre ensinam:
Nesse “céu” não levo fé!
Mas nos anjos acredito,
Dou aqui meu testemunho:
Perambulam pelo mundo,
Impolutos e bonitos.
Só refuto essa bobagem
De anjo aparecer de asinha;
Sei de muitos, Senhorinha,
Desprovidos de penagem.
Com carinho e claridade,
De olho atento nos humanos,
Nos protegem, afastando
O infortúnio e a tempestade.
Amizade tão discreta
Reconforta toda gente,
Tanto mais o duplamente
Judiado, que é o poeta.
§
Die Engel
Freylich ein ungläub’ger Thomas
Glaub’ ich an den Himmel nicht,
Den die Kirchenlehre Romas
Und Jerusalems verspricht.
Doch die Existenz der Engel,
Die bezweifelte ich nie;
Lichtgeschöpfe sonder Mängel,
Hier auf Erden wandeln sie.
Nur, genäd’ge Frau, die Flügel
Sprech’ ich jenen Wesen ab;
Engel giebt es ohne Flügel,
Wie ich selbst gesehen hab’.
Lieblich mit den weißen Händen,
Lieblich mit dem schönen Blick
Schützen sie den Menschen, wenden
Von ihm ab das Mißgeschick.
Ihre Huld und ihre Gnaden
Trösten jeden, doch zumeist
Ihn, der doppelt qualbeladen,
Ihn, den man den Dichter heißt.
[1847]
§
Como rasteja devagar
O tempo, caracol horrendo!
E eu, sem poder mover os membros,
Não saio mais deste lugar.
Na minha cela sempre escura
Não entra sol nem a esperança;
Daqui, em derradeira instância,
Só me liberta a sepultura.
Quem sabe já virei defunto
E esses semblantes em cortejo,
Que à noite desfilando eu vejo,
Não são visitas do outro mundo.
Fantasmas a vagar sem corpo
Ou deuses do templo pagão,
Que adoram fazer confusão
No crânio de um poeta morto. –
A doce festa dos espíritos,
Orgia saturnal e tétrica,
Busca a mão óssea do poeta
Deitar às vezes por escrito.
:
Wie langsam kriechet sie dahin,
Die Zeit, die schauderhafte Schnecke!
Ich aber, ganz bewegungslos
Blieb ich hier auf demselben Flecke.
In meine dunkle Zelle dringt
Kein Sonnenstral, kein
Hoffnungsschimmer;
Ich weiß, nur mit der Kirchhofsgruft
Vertausch ich dies fatale Zimmer.
Vielleicht bin ich gestorben längst;
Es sind vielleicht nur Spukgestalten
Die Phantasieen, die des Nachts
Im Hirn den bunten Umzug halten.
Es mögen wohl Gespenster seyn,
Altheidnisch göttlichen Gelichters;
Sie wählen gern zum Tummelplatz
Den Schädel eines todten Dichters. –
Die schaurig süssen Orgia,
Das nächtlich tolle Geistertreiben,
Sucht des Poeten Leichenhand
Manchmal am Morgen aufzuschreiben.
[1853-1854]
.
.
.
SOBRE A ANTOLOGIA:
Augusto de Campos: "A obra de
Heine – em particular a poética – é escassamente conhecida e
difundida entre nós. Das traduções modernas de sua poesia só é
possível destacar, em termos de qualidade estética – as que
constam da antologia de poemas traduzidos por Décio Pignatari, 31
Poetas 214 poemas: do Rigveda a Apollinaire (Editora da Unicamp) –
apenas dez textos breves. “Byroniano, Heine teria superado Byron
pela finura e precisão de sua arte poética.”, é a opinião de
Pignatari. Assim, HEINE, HEIN? – cujo título é uma saborosa
trouvaille a enfatizar a sensação de novidade que nos traz o livro
– ganha dimensões incomuns. Não só pela quantidade do material
textual que o tradutor nos oferece – ao todo, 120 poemas de todas
as fases de Heine – como ainda pela instigante collage de sua
epistolografia e de outros textos seus, que estabelecem um
contraponto informativo com a antologia poética proposta. As
traduções de André Vallias têm, além disso, alta qualidade
estética. Situam-se no âmbito da difícil arte da tradução
poética ou da “transcriação” – expressão cunhada por
Haroldo de Campos –, cujo objetivo é constituir, na língua de
chegada, poemas que reproduzam o impacto e a criatividade originais.
Tal empreitada, além do conhecimento das duas línguas, requer muita
expertise na elaboração poética, que – dadas as características
do original – tem de lidar com requintados módulos métricos e
rímicos, sem perder a espontaneidade da linguagem de Heine, onde se
mesclam o sermo nobilis e o coloquial-irônico. O tradutor (...)
sai-se, a meu ver, com muito brilho dessa aventura literária.
§
Depoimento de André Vallias
"Quando iniciei o trabalho de tradução
dos poemas de Heine, há exatos três anos, conhecia muito pouco
sobre o poeta e sua produção intelectual, mas sabia do grande
apreço que Décio Pignatari tinha por sua obra. Esta a razão,
aliada à minha admiração pelo irrequieto integrante dos
“tri-gênios concretistas”, de ter dedicado a ele HEINE,
HEIN?– Poeta dos contrários.
Fui traduzindo aos poucos, sem qualquer
pretensão de realizar uma antologia de fôlego; no máximo algo em
torno do que já havia feito com a poesia de Hölderlin e Trakl –
cerca de 20 poemas, intercalados com cartas –, que publiquei em
versões reduzidas na revista literária Cacto. Foi, aliás, uma
dessas pequenas coletâneas – a de Georg Trakl – que levou
Augusto de Campos a me propor publicação na prestigiosa coleção
Signos da editora Perspectiva, por ele dirigida.
Quando me dei conta, porém, do enorme
déficit de traduções para o português da poesia de Heine, e do
desconhecimento geral de sua obra no Brasil, resolvi deixar o poeta
austríaco esperando. Augusto acolheu a mudança com muita simpatia,
lembrando-se da alta estima que Pound e Pignatari tinham pelo poeta
judeu-alemão. O editor Jacó Guinsburg – que, por sinal, traduziu
a novela O Rabi de Bacherach de Heine nos anos de 1950, depois
incluída na antologia de contos e novelas de autores judeus Entre
Dois Mundos (Perspectiva, 1967) – e sua companheira Gita Guinsburg
não foram menos receptivos.
Mas o embrião deste livro, por
incrível que pareça, foi um disco imaginário que intitulei Caderno
dos Sambas, numa referência ao best-seller de Heine, o Livro das
Canções. Explico-me: os primeiros poemas que verti para o
português, da safra mais coloquial-irônica do poeta, me soaram tão
parecidos com as letras do nosso cancioneiro popular –
especialmente daqueles sambas das décadas de 1930 e 1940 –, que
não pude resistir à tentação de imaginá-los com a melodia de
nossos maiores compositores, na voz de nossos grandes intérpretes.
Assim, “O mundo é tolo, o mundo é cego...” virou o samba
“Disparate”, de Geraldo Pereira e Wilson Batista, na
interpretação do próprio Geraldo; “Os teus beijinhos foram
tantos...”, virou “Enfermaria” de Noel Rosa, cantado por Mário
Reis; “As garrafas pelo chão...”, um samba de breque de Moreira
da Silva; “Celimena” – testemunho do tempestuoso casamento do
poeta – não pude confiar a ninguém menos que Lupicínio
Rodrigues; e por aí fui, até completar 12 fonogramas fictícios.
Depois, animado com a desenvoltura que havia adquirido na tradução
dos versos de Heine e, ainda mais, com a repercussão entusiasmada
dos primeiros e ilustres leitores dessa empreitada – os poetas
Augusto de Campos e Age de Carvalho – resolvi encarar o desafio de
proporcionar uma grande amostragem de sua obra tão original.
Confesso, todavia, que não desisti ainda da ideia de ouvir o poeta
de Düsseldorf na cadência do samba..."
.
André Vallias nasceu em 1963, é
poeta, designer gráfico e produtor de mídia interativa. De 1987 a
1994 viveu na Alemanha, onde foi co-curador de importantes exposições
de poesia experimental, entre as quais Transfutur – poesia visual
da União Soviética, Brasil e países de língua alemã (1990) e
p0es1e – digitale dichtkunst (1992), primeira mostra internacional
de poesia feita em computador. De volta ao Brasil, tornou-se um dos
mais destacados designers da web brasileira, notabilizando-se pela
criação dos sites de Gilberto Gil, Caetano Veloso, Adriana
Calcanhotto, Edgar Morin, entre outros. Em 2003, foi agraciado com o
Prêmio Sergio Motta de Arte e Tecnologia pelo poema interativo
ORATORIO. Vem publicando regularmente poemas e traduções em
diversas revistas brasileiras e internacionais, como Piauí,
S/N, Artéria, Et Cetera, Cacto, Roda,
Cortex, Alire, Visible Language, High
Quality. Contribuiu nos livros: Media Poetry: an International
Anthology – Eduardo Kac (org.), Céu Acima: Para um tombeau
de Haroldo de Campos – Leda Tenório da Motta (org.), Cultura
Digital.Br – Rodrigo Savazoni e Sergio Cohn (org.), entre
outros. Em 2007, foi co-curador da exposição POIESIS – poema
entre pixel e programa (Oi Futuro, RJ) e realizou apresentações
multimídia de seus poemas e traduções nos eventos Errática –
Poema ao vivo (CCBB, RJ) e Poema Falado (Itáu Cultural, SP). Em
2010, apresentou-se ao lado da multi-instrumentista e performer Lica
Cecato, no espetáculo Sybabelia (Oi Futuro, RJ / SESC – Pompeia,
SP). É editor da revista online Errática: www.erratica.com.br
.
.
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2 comentários:
O Alcir Pécora usa esse "conceito" de órfica num dos livros sobre a Hilst. Estranho...
O que é exatamente "estranho"? O conceito de poesia órfica vem sendo discutido por inúmeras pessoas desde pelo menos Novalis.
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