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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Labores da semana

§- estou editando um vídeo novo e escrevendo seu texto, para minha performance no Espai d´Art Contemporani (Espaço de Arte Contemporânea) de Castelló, entre Barcelona e Valência, na sexta-feira da semana que vem. Fui convidado pelo Instituto para uma performance solo, de 40 minutos, apresentando meu trabalho em vídeo, sonoro e escrita. Para a performance na Catalunha dos meus avós, devo também apresentar duas novas colaborações com músicos de Berlim.

O vídeo/texto deverá se chamar "Date of manufacture" e lê, por enquanto:

Date of manufacture

to become or not to

become / the item

one is

supposed to / describe

specific aching

and etching

through the craft

of hands / from fluids

source of likeness

only to appreciate

the design

of the time

we share / with

fellow machines / for

whom expiring

is a verb

of action / oh skin

against mass

customization / aid

us while our intestines

question ownership

& predate

our fabrics and tissues

for our predators


Ricardo Domeneck, 2009.

Fará mais sentido, talvez, com o vídeo. Posto assim que o terminar.

§- atualizei a HILDA MAGAZINE: apresento o poema sonoro "On dissecting the larynx", do canadense W. Mark Sutherland. Conheci o poeta-performer em Madri, no ano passado, quando nos apresentamos juntos no festival de poesia experimental Yuxtaposiciones.

§- Traduzi o poema "Ich will das Brot mit den Irren teilen", da austríaca Christine Lavant (1915 - 1973) e o postei, com um pequeno artigo biográfico, na franquia eletrônica da Modo de Usar & Co.. Trecho do artigo:

"Sua poesia mística, com intenso tom religioso, é de difícil circulação nos países de língua alemã, território em que a maior parte dos poetas abandonou tal pesquisa poética. Em um período que viu a poesia austríaca, por exemplo, retomar certas estratégias das vanguardas germânicas, em especial a dos dadaístas de Zurique e Berlim, a poesia mística de Christine Lavant, baseada em um trabalho fortemente metafórico, acaba parecendo fora de sintonia com o seu período histórico. No entanto, poderíamos ver seu trabalho, como o de Ingeborg Bachmann ou mesmo o de Paul Celan (o inicial, pelo menos) e o de Rose Ausländer, como retomadas de certas pesquisas de expressionistas austríacos como Georg Trakl. São poetas que sabem muito bem que a escrita de uma poesia órfica custa algumas visitas ao Hades."

§- editei um excerto em vídeo do concerto de meu amigo Lucas Croon, na semana passada, na Berlin Hilton:


(Lucas Croon na Berlin Hilton, 15 de julho de 2009)

Hoje à noite, meu amigo Uli Buder, que se apresenta como Akia, faz um pequeno concerto.

domingo, 7 de junho de 2009

Calendário de trabalhos e prazeres

A correspondência se empilha na caixa física e digital, as obrigações kafkiano-burocráticas de um estrangeiro na Alemanha, as olheiras arrastam-se até a região das orelhas. Interrompo o ciclo de artigos por um segundo, para cuidar da obra que importa mais, no fundo e no raso, a poesia, e daquela tal de vida prática. Algumas notícias, algumas novíssimas.

§- corrigindo, neste momento, as provas do meu terceiro livro, intitulado Sons: Arranjo: Garganta, cuja composição (2004 - 2008) correu paralela e simultânea à composição de meu segundo livro publicado, a cadela sem Logos, formando uma espécie de álbum duplo e irmanado, como se os dois livros fossem my own private "Kid A / Amnesiac", guardadas as devidas proporções. O livro sai pela Cosac Naify no início do segundo semestre, se tudo correr como planejado, com os livros de outros três poetas brasileiros contemporâneos.

§- tenho uma leitura e duas daquilo que chamo de "performances vídeo-textuais" marcadas para os próximos meses, além de algumas apresentaçoes como DJ:

--- no dia 27 de junho, apresento-me em Heidelberg com minha performance vídeo-textual, no centro cultural Karlstorbahnhof. Na mesma noite, lê o jovem poeta e romancista norte-americano Travis Jeppesen. A convite do curador, preparei uma pequena seleção de vídeos de outros artistas, a serem apresentados na mesma noite, incluindo trabalhos do coletivo berlinense Die Tödliche Doris, do fotógrafo suíço Walter Pfeiffer e de jovens videastas como Niklas Goldbach.

--- entre os dias 27 de junho e 5 de julho, ocorre por aqui o lendário Poesiefestival Berlin, o maior da Europa. Estou entusiasmadíssimo com a leitura de Rosmarie Waldrop, a quem poderei finalmente conhecer em pessoa, após certa correspondência, troca de livros e a tradução que fiz de vários textos seus para o português. Também quero muito ver a performance da norueguesa Maja Ratkje e ainda dos americanos Edwin Torres e Saul Williams. Após ler por dois anos seguidos no festival, este ano a Literaturwerkstatt convidou-me para tocar como DJ na festa de encerramento.

--- no dia 31 de julho, faço uma apresentação solo de minha performance vídeo-textual no EACC - Espai d´Art Contemporani, na pequena cidade catalã de Castelló, nos arredores de Barcelona. O Espaço de Arte Contemporânea da cidade dedica a programação deste verão europeu a poetas experimentais, trabalhando com texto, voz e vídeo. A série foi inaugurada pela lendária Lydia Lunch, na semana passada.

--- entre os dias 25 e 30 de agosto, estarei na Eslovênia, a convite do Festival Medana, lendo poemas nas cidades de Ljubljana, Ptuj e Medana. Cerca de dez poemas meus estão sendo traduzidos para o esloveno, especialmente para o festival, dos quais cinco devem figurar na antologia/catálogo publicada a cada edição do evento, sempre com textos na língua original, em tradução para o inglês e tradução para o esloveno.

§

Planejando uma viagem ao Brasil para o segundo semestre. Faz mais de três anos que não visito o país. Quero rever a família, os amigos, ouvir mais português do que aquele oferecido pelo turista ocasional nos subterrâneos do metrô berlinense.

§

Há algumas semanas, disse com entusiasmo que estava a caminho da performance de Janine Rostron, a Planningtorock, na Haus der Kulturen der Welt aqui em Berlim. Uma boa alma decidiu gravar a performance, em que Planningtorock mostrou novos trabalhos em vídeo e música, e postar excertos no YouTube. A performance foi deslumbrante e aqui vocês podem ter um gostinho (vocês podem, se quiserem, me imaginar na terceira fila, em distância do palco, onde estava sentado com o moço, drooling de admiração):

sábado, 18 de abril de 2009

Táticas sensatas contra a dissipação de hormônios

Tática excelente para ficar em casa, quando a parte sensata de seu ser avisa que ir a tal festa não seria a melhor decisão de sua noite de sexta-feira: tirar um cochilo antes de sair. Obviamente, você acorda de madrugada, e somente um desejo hercúleo de dissipar-se em um conglomerado de seres humanos, comandados por hormônios desenfreados, convence-o a erguer o corpete do estrado e colchão. Virei de lado e dormi mais 8 horas, acordando tão refrescado quanto Tutancâmon devia sentir-se em vida.

Aproveitei esta tarde a última oportunidade para ver a exposição no Instituto para a Arte Contemporânea, conhecido como KW - Kunst-Werke. A exposição que se encerra amanhã chama-se Vorspannkino, reunindo, nos quatro andares do Instituto, telas em que são projetados os trabalhos de arte visual criados para os créditos iniciais de filmes como: Psycho, de Alfred Hitchcock; Vivre sa vie, de Jean-Luc Godard; Raging Bull, de Martin Scorsese; Uccellaci e uccellini, de Pier Paolo Pasolini; vários episódios de James Bond; mas também filmes mais recentes, como Seven, de David Fincher, ou Pi, de Darren Aronofsky. A idéia é interessante, uma curadoria que ao menos surpreende um pouco, mas várias características da exposição demonstram certos problemas de perspectiva. Cito um dos que mais chamaram minha atenção: se uma das idéias é a de fazer o expectador concentrar-se em um tipo de arte que passa despercebido, ocorrendo enquanto o expectador espera pela "arte de verdade", o filme, por que separar os trabalhos, entre os quatro andares, em gêneros que pareciam demarcar uma hierarquia? Pois, no primeiro andar estavam os "artistas", com aberturas para filmes de Hitchcock, Godard, Brakhage, Cocteau, Jeunet e Welles. No segundo andar, filmes de ação, com as aberturas para a série "James Bond" e filmes de Scorsese; no terceiro andar, ficção científica, comédia e cinema trash, com aberturas para filmes como Barbarella, de Roger Vadim, mas também Attack of the Killer Tomatoes, de John De Bello; terminando no quarto andar com os "filmes de terror", como Psycho, de Hitchcock, ou Dawn of the dead, de Zack Snyder. Conheço quem se irritaria com a própria idéia, crendo que chegamos a um ponto em que, sem arte para mostrarmos, passamos a procurar arte em todo e qualquer trabalho que pareça minimamente "criativo". Não tenho este problema, mas a exposição parecia agrupar os trabalhos de forma questionável.

Mais tarde, fui ao excelente cinema Arsenal, que estava mostrando, hoje à noite, The Birds, de Hitchcock. Excelente oportunidade para ver na telona este filme ótimo do mestre.



Agora?

Talvez ceda ao desejo de dissipação química. Tão hercúlea não chega a ser minha sensatez.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Bilhete para Marília Garcia num sábado à tarde

Queridíssima, chegou ontem finalmente às minhas mãos (neste meu estado corbierístico e laforguérrimo de tristezura hodierna, quase escrevi "às minhas patas") o seu pacote dos muitos selos, que abri como quem passa pomada na queimadura das cartilagens mui e tão internas que se tornam o local onde as entranhas confundem-se com a digestão, e venho por meio deste self-deprecating pombo eletrônico, com dois thankyous, três mercis e quatro dankes, dizer o que se diz, antes de ir a um café, pedir um café, beber o café com olhos nas linhas de signos e caracteres (se de trem, deitar-me-ia) de Garcia sobre Hocquard, oh pacote salva-vidas.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Dormitando na banheira quente ou meditação com chá de hortelã

Quatro auto-propostas de meditação para a tarde do meu sábado, congeminadas na banheira após excessos possessos de uma noturníssima sexta-feira no Berlimbo:

§- Ao bom imputador, vazio de o é letra.

§- Os únicos verdadeiramente capazes do discurso diacrônico: Deus e Funes, o memorioso.

§- Nós, os de corpos biodegradáveis e esquecimentos à ponta da língua, os condenados aos nós da sincronia: a seleção artificial na arena dos gladiadores, na teia da aranha que embalsama a ração para sua futura geração.

§- Cânone, meu querido inutilíssimo, improfícuo e baldado, quem dera fosses o trigo do joio, quando suspeito em tutano que indicas em teus índices apenas política e pedagogia: cartilha para castelos de cartas, costelas de castas.

Agora, ao café!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Aspergir Espargir

Em fastio.

Se é para a saciedade geral da ração quem de todos.

Pontilhado por pausas.

Diga ao povo que durmo.

Está em sítio a cidade em Jericó não se guarda o sétimo dia.

Intercalam feriados os quartos de hora.

Construída a cama com algodão dos aliados ferro dos inimigos.

Bebe a água o sal o corpo doa generoso se lhe obriga a estação.

Boca adentro no tecido do colchão a espuma.

Que apóie o estrado a ilusão da estase.

Provendo ao provisório.

Obrigação da pele impedir que me esparrame entre quatro paredes.

Que o corpo não produza açúcar para o soro fisiológico em suor do sono.

Aninhados nos próprios cabelos aquecidos pelos pelos.

Nunca dizem não.

Bale ao lado o bode expiatório de cada dívida as ovelhas silenciam.

Com um sim apenas cuprimenta-se a manhã não é educada.

Anui o ânus cabe à boca a parcela dos pedaços.

Unhas dedilham o teclado das costelas as amígdalas o canal do Panamá.

Reúnem-se as células sobreviventes na praça central do estômago a rir das mortas.

Antes de migrarem com mala e cura o mal na cuia para a garganta.

O café espera até que o ar da cozinha roube-lhe o calor não a xícara.

"Sempre confiei na bondade dos desconhecidos."

O Vietnã não é aqui.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Programa da noite com O Moço

Primeiro:

"Quiet Days in Clichy" (1970), dirigido por Jens Jørgen Thorsen, baseado no trabalho de Henry Miller (1891 – 1980).



Ainda me lembro da sensação de "rebeldia" ao escolher o romance Sexus (1949), de Miller, para analisar em minha dissertação final na aula de Literatura Americana, quando estava terminando o colegial nos Estados Unidos, com 17 anos de idade. Não era permitido que dois alunos escrevessem sobre o mesmo livro ou sequer sobre o mesmo autor, mas enquanto a maioria escolhia romances como For Whom The Bell Tolls, The Catcher In The Rye ou To Kill A Mockingbird, eu fui direto à jugular indisputada de Miller com seu Sexus. A única outra revoltada foi Mary Beth Jones, a putinha da escola (minha melhor amiga, diga-se de passagem), que escolheu Naked Lunch, do William Burroughs. Eu acredito que o eclipse de Henry Miller terminará um dia, sua influência sobre os Beats (Kerouac principalmente, mas mesmo Burroughs) e outros escritores das décadas de 40 e 50 americanas foi gigantesca. Hoje à noite retorno ao senhor, caro Henry.

§

Depois:

"Zabriskie Point" (também de 1970, por coincidência), de Michelangelo Antonioni. Trata-se de um dos poucos filmes de Antonioni que me restam para ver pela primeira vez.



Gosto muito do italianão, ainda que seu trabalho por vezes me pareça demasiado tardo-modernista. Para quem filmou principalmente entre as décadas de 50 e 70, algo perdoável. Já em cineastas contemporâneos, como Tsai Ming-liang e Béla Tarr, acho bem menos tragável este tardo-modernismo. O filme tem uma das seqüências mais famosas do Antonioni, mas só saberei claramente após terminar de assistir o filme com o moço. Mark Frechette fica aqui eleito como o ator mais bonito de Antonioni, e com certeza o que morreu de forma mais bizarra.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Poetas brasileiros em livrarias de Barcelona

Na Livraria Central, loja ao lado do MACBA (Museu d'Art Contemporània de Barcelona), há um sonho de qualquer poeta quando pensa na seção de poesia de uma livraria. Não apenas uma parte gigantesca de poesia catalã, como poesia em castelhano, seja espanhola ou latino-americana, livros em francês, inglês, português. É o único lugar em que entro e encontro, sem ter que encomendar, livros de poetas americanos como George Oppen, Susan Howe e Rosmarie Waldrop, ou franceses como Pierre Albert-Birot, Michel Deguy, sem falar nas traduções para o castelhano e catalão de poetas israelenses, japoneses, poloneses, suecos.

Este fim-de-semana, visitando a livraria, comecei a pensar na idéia de Pound de que todo grande período de criação poética é precedido por um momento de intensa tradução. Se ele estiver correto, podemos predizer um século XXI frutífero para a poesia espanhola.

Comprei uma antologia bilíngüe do português Mário Cesariny, uma tradução para o castelhano do poeta israelense (nascido em Berlim, emigra para a Palestina com os pais durante o regime fascista) chamado Nathan Zach, e o livro de um poeta francês de quem eu jamais ouvira falar, nascido em Estrasburgo e chamado Jean-Paul de Dadelsen, que morreu muito jovem e praticamente inédito, amigo de Albert Camus (que estava preparando a edição póstuma de sua obra quando também morreu inesperadamente), um livro que me surpreendeu muito, chamado Jonas (Paris: Gallimard, 2005).

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"La baleine, dit Jonas, c´est la guerre et son black-out.
(...)
La baleine est toujours plus loin, plus vaste; croyez-moi, on n´échappe guère, on échappe difficilement, à la baleine.
La baleine est nécessaire."


Jean-Paul de Dadelsen, "Jonas" (1956).

&

Poetas brasileiros vistos nas estantes
de poesia da Livraria Central, em Barcelona:

Manuel Bandeira (antologia em castelhano)

Carlos Drummond de Andrade (Sentimento do Mundo & O Amor Natural, traduzidos para o castelhano)

Murilo Mendes (Tempo espanhol, traduzido para o castelhano)

Vinícius de Moraes (antologia, traduzida para o castelhano)

Mario Quintana (antologia em castelhano)

Manoel de Barros (Gramática Expositiva do Chão - a edição brasileira, além de uma antologia em castelhano)

João Cabral de Melo Neto (O cão sem plumas, traduzido para o castelhano, além de uma antologia também em castelhano.)

Haroldo de Campos (Crisantempo, traduzido para o castelhano)

Ferreira Gullar (Poema Sujo, traduzido para o castelhano)

Armando Freitas Filho (Raro mar & Numeral Nominal, traduzidos para o catalão)

&

A performance foi boa, apesar de um ou outro "erro". Volto hoje a Berlim, saudades da cidade, mas preguiça do país de que é a capital (cada vez mais).

"A baleia é necessária."

sábado, 8 de novembro de 2008

Sábado à noite sob cobertas

Após a bomba de imagens e palavras de Guy Debord (que pude finalmente ver na telona), seguida de uma noite de excessos em dois clubes berlinenses, noite de sábado tranqüilíssima, com 3 filmes em DVD, um pote de sorvete de doce-de-leite, cobertores e travesseiros.

Programa da noite:

The Heiress (1949), de William Wyler
They Shoot Horses, Don´t They? (1969), de Sydney Pollack
Die Bleierne Zeit (1981), de Margarethe von Trotta

Antes de dormir, alguns poemas de Unica Zürn, mais algumas páginas de Paul de Man, e Illinoise, o álbum lindo de Sufjan Stevens.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

domingo, 28 de setembro de 2008

Olha a manhã dos nossos setembros!

Sol em pleno setembro pode ser motivo para vocativos e imperativos em poetas primaveris em São Paulo, porém mais ainda para poetas outonais em Berlim. Para não frustrar as hipóteses dos que dormiram e acordaram, o sol ergueu-se esta manhã e não havia uma única nuvem sequer para atrapalhar sua escova e o planeta nem distanciou-se assim tanto tanto da bolota de fogo e contra todas as expectativas faz calor em Berlim em pleno fim de setembro e o que é que eu estou fazendo aqui, na frente deste computador, quando os dias de mesas de café nas calçadas estão contados para este ano de 2008 na Berlim bombardeada até as entranhas?

Dizer sim com o sol violentando a pele das pálpebras deste vosso servo vertebrado, estabelecer a trilha sonora do dia, retornando à mulher que me embala o sono e a vigília estas semanas, sra. Beth Gibbons, obrigado most thankful danke danke.

Weinbergspark, aqui vou eu, com o Essay on the ontology of the present de Fredric Jameson e os 20 poemas para o MEU walkman de Marília Garcia e The Poems of Laura Riding na sacola. Com o amigo Jonas Lieder e muito, muito café.

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