terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Nota sobre a última leitura na Bélgica, na Librarie Quartiers Latins em Bruxelas, seguida do primeiro anúncio sobre minha conferência no México

No último dia na Bélgica, participamos de uma conversa entrecortada por leituras de poemas na Librarie Quartiers Latins, em Bruxelas. Trata-se de uma livraria especializada em literatura belga de expressão francófona. Eles têm, no entanto, uma seleção ótima de poesia e prosa estrangeiras em tradução para o francês. Fomos cumprimentados logo na bancada de entrada por uma bela edição em francês dos poemas de Ana Cristina Cesar. Em conversa com Philippe Hunt, que fez a moderação de nossa mesa de leituras e debate com o público (incrível o número de belgas que apareceram nas leituras falando português fluente), e também com Thierry Leroy, o editor da antologia bilíngue português/francês lançada pela editora Le Cormier por ocasião do Europalia, Marília Garcia e eu encontramos graças às sugestões deles alguns livros de poetas belgas contemporâneos que logo aparecerão na Modo de Usar & Co..

O debate foi muito bom, e fiquei surpreso, por exemplo, com o quanto discutimos os efeitos da ditadura militar sobre o Brasil de hoje, a relação da poesia brasileira com o período e também com suas consequências, com um público belga interessadíssimo, e que parecia conhecer bem o que discutíamos.

Passei minha última noite em Bruxelas ao lado do meu queridíssimo J.C., numa reprise linda daquelas reprises que menciono em meu poema "O acordeonista da Catedral de Bruxelas". Algumas pessoas simplesmente são capazes de revigorar nossos poros.

Estou de volta a Berlim, fazendo os últimos preparativos para minha viagem ao México, onde darei uma conferência sobre poesia contemporânea brasileira no Centro Cultural Brasil-México, entre os dias 13 e 15 de dezembro. Encerro minha primeira passagem pelo país dos grandes poetas Xavier Villaurrutia (1903 - 1950) e Salvador Novo (1904 – 1974) com uma leitura no dia 16 de dezembro na Casa Refugio Citlaltépetl, onde serei recebido e terei a honra de ler com três dos poetas mexicanos contemporâneos que mais respeito: Julián Herbert, Luís Felipe Fabre e Minerva Reynosa. Por uma coincidência que me deixou muito feliz, o poeta argentino Ezequiel Zaidenwerg, que também respeito tanto, estará de passagem pela Cidade do México naquela semana e participará da leitura. Devo acrescentar que tudo isso está acontecendo graças ao entusiasmo de Paula Abramo, embaixadora da poesia brasileira no México.

Sendo assim, nesta sexta-feira voo para o Rio de Janeiro, fazendo uma passagem relâmpago de cerca de 32 horas antes de embarcar para a Cidade do México, onde fico então cerca de 10 dias, voltando depois ao Brasil para ver minha família, meus amigos amados e lançar meu novo livro de poemas, chamado Ciclo do amante substituível (Rio de Janeiro: 7Letras, no prelo).

Estou cansadíssimo e entusiasmadíssimo.





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4 comentários:

Angélica Freitas disse...

boas viagens, ric!

(eu fiquei na casa refugio citlaltepetl! nao deixe de visitar, na mesma avenida amsterdam, a livraria conejo blanco.)

beijo!

Ricardo Domeneck disse...

Vou falar muito sobre você no México, será como ter você do meu lado, pelo menos um pouquinho.

beijo

R

Maenis disse...

Ricardo,
Sou um leitor silencioso há anos, mas nem por isso menos tocado pelos seus textos. Mas agora não posso deixar de me manifestar.
Fiquei muito feliz com a notícia do lançamento do seu livro no Rio.
Sou de Juiz de Fora, MG, e farei o possível para comparecer.
Dê mais assim que possível!

Obrigado por tudo,
Boa sorte no México!

Lucas Roux

Ricardo Domeneck disse...

Caro Roux (que nome incrível!),
muito obrigado por suas palavras. Na verdade, há uma pequena possibilidade que Marília Garcia e eu façamos um lançamento da Modo de Usar & Co. número 3 em Belo Horizonte, assim ficaria mais perto para você!
abraço do México,
RD

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